BOLSONARO E O ENCARCERAMENTO DAS JUVENTUDES

#Juventudes #NãoÀRedução 
Tramita em Brasília, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC nº 32/2019), de autoria do senador Flávio Bolsonaro, que visa modificar o artigo 228 da Constituição Federal, e propõe a redução da maioridade penal no Brasil, para as idades de 14 e 16 anos, dependendo do grau de ilicitude. 

 E frente ao conteúdo tratado pela PEC e a proposição apresentada pelo senador e filho do presidente da República, a Secretaria Nacional de Juventude, órgão do governo federal responsável pela construção de políticas públicas voltadas à população jovem, no dia 15 de dezembro, publicou uma Nota Técnica dando um parecer favorável à redução da maioridade penal. 

Um parecer que não foi bem avaliada pelos movimentos juvenis no estado, que por sua vez, encaminharam a discussão para o Conselho Estadual de Políticas Publicas de Juventude (CEPPJ/PE). E após análise sobre o caso, o órgão lançou uma nota, repudiando a proposta de redução da maioridade penal no país. 

De acordo com a nota do CEPPJ/PE, a proposta de redução da maioridade penal, “vai na contramão dos estudos de combate à violência e criminalidade”, culminando e uma medida que facilitará um encarceramento da juventude no país. 

A nota também questiona o governo federal sobre a falta de investimentos educacionais e políticas que desenvolvam e aumentem a empregabilidade da juventude brasileira. E conclama os movimentos sociais a lutarem contra a PEC. 

“Não podemos deixar, que um governo irresponsável e descomprometido paute agora os nossos rumos e o que é pior, ao invés de apresentar as soluções e caminhos mais viáveis ao desenvolvimento social, pretende reduzir a maioridade penal e assim, encarcerá os(as) jovens brasileiros(as)”, ressalta a nota. 

Além do Conselho Estadual de Juventude em Pernambuco, os gestores estaduais de juventude do Nordeste, após reunião, para tratarem sobre a PEC de Flávio Bolsonaro, lançaram uma nota, com ampla concordância de todos os estados, posicionando-se contrários à redução da maioridade penal no Brasil. 

Sobre o posicionamento da Secretaria Nacional de Juventude, os gestores, em nota, avaliaram que a postura da secretária Emilly Rayanne Coelho Silva, contraditória aos interesses e prerrogativas postas ao seu cargo. De acordo com os gestores: “é completamente anacrônica a defesa da redução da maioridade penal por um órgão cuja função é criar políticas públicas em defesa da juventude. É postura incompatível com o cargo e traidora dos interesses da juventude brasileira”. 

Já os ex-presidentes do CONJUVE, e ex-secretários nacionais de juventude, também manifestaram suas opiniões, se posicionando contrários à redução da maioridade penal e lançando nota, repudiando o conteúdo da PEC apresentada por Flávio Bolsonaro e homologada pela Secretaria Nacional de Juventude. 

Segundo os secretários e presidentes: 
“A redução da maioridade penal não passa de uma medida de agravamento da seletividade racial do sistema penal e de aprofundamento do genocídio, que ao longo dos anos tem sido responsável pela morte de milhares de crianças, adolescentes e jovens negros no país. Vale lembrar que a tentativa de ampliar o controle sobre corpos negros de ainda menor idade é uma prática típica de grupos autoritários, preocupados em controlar e reprimir a presença da população negra no espaço público

"A Nota da SNJ desrespeita e ignora a proposta mais votada do espaço mais importante de participação social das juventudes, a 3ª Conferência Nacional (2015), que elegeu a proposta “Não à redução da maioridade penal, pelo cumprimento efetivo das medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente”, com 2.600 delegados em Brasília, em um processo que envolveu mais de 600 mil jovens no país”. 

Pois bem, é nítido que, mais uma vez as juventudes estão em disputa, porém, os lados que se apresentam ao embate não divergem na condução das políticas públicas que induzam aos jovens ao desenvolvimento, a empregabilidade ou a formação profissional, escolar ou acadêmica. Nesse páreo, inexiste antagonismo de propostas que versam sobre questões culturais, lazer, esportes ou protagonismo juvenil. Pelo contrário. O que está em jogo é a apresentação pública de um projeto de sociedade que marginaliza e amplia as possibilidade do encarceramento das juventudes, relegando os (as) jovens, sobretudo os(as) negros(as), trabalhadores(as), moradores(as) de periferias e empobrecidos(as) como agentes da criminalidade e da violência. 

É válido rememorar que ainda são elevados os índices da violência e mortalidade contra a juventude negra no Brasil, que os nossos problemas não estão na juventude, pois essa, em sua grande maioria, quer viver, estudar e trabalhar. Reduzir a maioridade penal no Brasil não é solução, estudos apontam que o diagnóstico é falso. Contudo fica aqui a indagação, a quem servirá essa política de encarceramento proposta pela família Bolsonaro? 

A coerência nos convoca ao debate e a defesa das juventudes! Um embate que reflete o que o Brasil de hoje fará para o país que teremos no amanhã! Pensemos nisso e sigamos! 

Não à Redução da Maioridade Penal! 

Acesse as Notas citadas no artigo: 

Wallace Melo Barbosa: professor, humanista, secretário de formação do Sinpro Pernambuco e da UNACOMO/PE, membro do Conselho Estadual de Políticas de Juventude em Pernambuco.

CONSELHO ESTADUAL DE JUVENTUDE DIZ NÃO À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

Através de uma carta de repúdio, o Conselho Estadual de Políticas Públicas de Juventude (CEPPJ/PE) se posiciona de forma contrária a PEC Nº 32/2019, proposta pelo senador Flávio Bolsonaro, que visa reduzir a maioridade penal no Brasil, e critica o parecer favorável à proposição, emitido pela Secretaria Nacional de Juventude. 

Leia a nota na íntegra:

DIZER NÃO À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL E REPUDIAR O ENCARCERAMENTO DA JUVENTUDE BRASILEIRA

Em meio ao presente contexto de crise econômica e sanitária, recebemos a preocupante notícia de que o governo federal, na figura da Secretaria Nacional de Juventude, apresentou mais uma política desastrosa, visando ampliar as formas de encarceramento juvenil em todo país. 

A proposição é fruto de um Projeto de Emenda Constitucional, de autoria do senador, Flávio Bolsonaro, com a finalidade de modificar o artigo 228 da Constituição Federal, visando reduzir a maioridade penal para 14 e 16 anos, dependendo das tipificações criminais. 

Uma medida que vai na contramão das políticas públicas e concepções mais avançadas, não apenas sobre a questão da juventude, quanto também, acerca dos estudos referentes ao combate à violência e à criminalidade. Na verdade, temos aqui, mais um sinal de desrespeito ao povo, principalmente às juventudes oriundas das camadas mais empobrecidas, periféricas, negras e trabalhadoras. 

Destaca-se também, frente ao caso, o apoio presidencial à PEC. Haja vista que a matéria já vem sendo debatida e homologada pela atual secretária nacional de juventude, Emilly Rayanne Coelho Silva, que se apresenta na discussão, junto de sua equipe, defendendo a proposição que visa o encarceramento dos jovens no Brasil. 

Mais um retrocesso apresentado ao povo e às juventudes, que, diga-se de passagem, também tem a ministra Damares Alves, como apoiadora. É válido rememorar, que na última Conferência Nacional de Juventude, os(as) delegados(as), na sua ampla maioria, disseram NÃO à redução da maioridade penal, por entender que a proposta não atende às demandas por mais segurança e menos criminalidade. No entanto, mais uma vez, na contramão do bom senso e das discussões democráticas, o governo Bolsonaro mobiliza esse debate, visando atender as demandas mais conservadoras, que advogam pelo encarceramento em massa da população jovem.

Uma política identificada com o perfil do atual governo federal e alinhada a prerrogativas mais autoritárias e antidemocráticas. Na verdade, a PEC apresentada pelo senador Flávio Bolsonaro, é fruto de uma visão atrasada e, sendo aprovada, relegará aos jovens, uma política pautada pelo cárcere, típico das antigas masmorras medievais. Fica o questionamento: a quem servirão essas medidas? Quem serão os mais afetados com essas mudanças? 

Ao percebermos medidas dessa natureza, é imperioso que o conjunto de movimentos juvenis se apresentem, na intenção de defendermos os legados e as construções das nossas políticas públicas, iniciadas desde as articulações para emendarmos ao texto constitucional, o termo ‘juventude’ e assim, concebermos os devidos direitos aos jovens, até as construções dos espaços democráticos de conferências, dos conselhos e do próprio Estatuto da Juventude. Não podemos deixar, que um governo irresponsável e descomprometido paute agora os nossos rumos e o que é pior, ao invés de apresentar as soluções e caminhos mais viáveis ao desenvolvimento social, pretende reduzir a maioridade penal e assim, encarcerá os(as) jovens brasileiros(as). 

Dessa forma, repudiamos quaisquer proposições que tenham os objetivos de ampliar as desigualdades e a exclusão, e que, sobretudo, coloquem o povo e a classe trabalhadora no último plano.

Não precisamos de mais presídios, queremos uma educação pública, democrática e de qualidade! 

Ao invés de Bolsonaro propor a redução da maioridade penal, por que não amplia os investimentos educacionais? As evidências mostram qual a opinião do governo federal sobre o futuro da educação pública no Brasil. De acordo com as diretrizes orçamentais, o MEC cortou os investimentos, reduzindo drasticamente o custo aluno. A medida vai implicar na redução dos repasses aos estados e municípios, deixando as redes de ensino mais vulneráveis e precárias.

Soma-se a isso, o esforço hercúleo do governo federal, junto a sua base parlamentar, em querer desmontar, por meio de uma regulamentação desastrosa, o Novo Fundeb, relegando os recursos do principal fundo de investimento público para a educação básica, também para o setor empresarial, entregando dinheiro público para instituições privadas. 

Aumentando assim o desmonte e a privatização da educação pública. A juventude não quer uma escola privatizada!

Não precisamos de mais presídios, queremos mais empregos para os(as) jovens! 

Em vez de Bolsonaro propor a redução da maioridade penal, porque não aponta caminhos ao desenvolvimento, com políticas de geração de emprego e renda para a juventude brasileira? A saída apresentada pelo governo, visando superar os mais de 14 milhões de desempregados(as) foi a reforma da previdência, a desastrosa carteira verde e amarela e agora com a proposição de uma reforma administrativa, que vai desestabilizar o serviço e a carreira pública no país. Mas o que podemos esperar de um governo, que define o trabalho precário desempenhado por meio de aplicativos como empreendedorismo?

Não queremos mais presídios, queremos a juventude viva e com saúde! 

Ao invés de Bolsonaro propor a redução da maioridade penal, porque não apresentar saídas viáveis para proteger a vida do nosso povo na pandemia? E por que não enfrentar a chacina da nossa juventude negra e periférica? No entanto, em sintonia com sua base negacionista, o governo federal continua a desconsiderar a ciência e a abandonar mais uma vez, o povo na maior crise sanitária da história. Enquanto outras nações iniciam seus planos de vacinação e enfrentamento à Covid-19, no Brasil, os óbitos por conta da pandemia ainda são crescentes. 

Soma-se a esse estado de coisas, o desmonte sistemático do Sistema Único de Saúde, deixando milhões de brasileiros e brasileiras sem acesso aos cuidados básicos e aos devidos tratamentos médicos, nos hospitais públicos. O presidente Bolsonaro materializa diariamente uma política genocida, contra a população mais empobrecida.

Nesse roteiro, ainda não conseguimos avançar em políticas de enfrentamento a um dos problemas mais críticos e que, diretamente abala a maioria dos jovens no país, a chacina da nossa juventude negra e periférica. Mas na contramão dessa discussão, o presidente, junto a sua equipe ministerial, Secretaria Nacional de Juventude e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, apresenta como principal saída, a proposição de encarceramento da população jovem. 

Visto alguns dos questionamentos apontados, o Conselho Estadual de Políticas Públicas de Juventude em Pernambuco, vem por meio desta nota, repudiar a proposta de redução da maioridade penal, por entender que tal proposição não acolhe as demandas das juventudes brasileiras, como também, exigir do governo Bolsonaro, o devido respeito com as nossas lutas! 

Nossa juventude quer viver, estudar, trabalhar e construir um país democrático e com desenvolvimento social e econômico! E para isso, cadeia não é a solução! 

CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE

Recife/PE, 18 de Dezembro de 2020

PROJETO ESPARTÁVEL: POR DIREITO, SUSTENTABILIDADE E COMIDA NA MESA


No último domingo (20) a diretoria da Unacomo, na figura do presidente, Pai Ivon e secretário geral,  Marcos Morais em uma atividade promovida pelo projeto social Espartável - Espada Sustentável da Ilha do Maruim, que visa a construção de um ambiente pautado pela segurança alimentar e nutricional para a população.

As ações do Espártavel, visa a distribuição de peixes, beneficiando inúmeras famílias de baixa renda do município de Olinda e de outros municípios da Região Metropolitana do Recife. Mas a meta dos integrantes do projeto é também atender as demandas oriundas dos municípios do interior de Pernambuco.

"O projeto Espartável é uma grande iniciativa, que visa levar comida pra mesa do povo. É bem verdade que ainda carece de mais apoio, principalmente da iniciativa privada, para ampliar suas atividades, e por isso, a Unacomo se faz presente, apoiando e ajudando essa ação que muito ajuda a nossa população". Avaliou Pai Ivon, presidente da Unacomo.

Para apoiar o projeto, entre em contato nos seguintes números:

Marcos Morais - 81.9.9630-4098

Gabriel - 81. 9.9162-0637

Sandro Pereirw Esquerda - 81. 9.9749-7519

Jonathan Tony - 81. 9.8596-2987







 





STJ GARANTE APOSENTADORIA ESPECIAL PARA VIGILANTES

A luta dos vigilantes teve, na última semana, uma boa notícia. O pleno do Superior Tribunal de Justiça decidiu pela aposentadoria especial para a categoria.  

Eis uma demanda que a categoria, junto ao sindicato, já vinha lutando, visando essa conquista. Em Pernambuco, destacamos a atuação de Sandro Pereira, mais conhecido como "Esquerda", que atuou nos diversos espaços, visando articular e construir um ambiente favorável à conquista da aposentadoria especial. 

"Foi com muita dedicação e luta essa conquista da honrosa categoria. Parabéns a todos os vigilantes do Brasil, em especial aos de Pernambuco, onde temos o prazer de está defendendo e lutando por nossa categoria de vigilantes de verdade". Externou Sandro Pereira "Esquerda", em suas redes sociais.


ATENÇÃO ENTIDADES ASSOCIADAS!

A diretoria da Unacomo/PE faz saber à todas as lideranças e entidades comunitárias, aos órgãos públicos e a sociedade civil em geral, que diante dos grandes riscos de contagios, principalmente nas grandes aglomerações de pessoas, não iremos realizar nossa tradicional festa de confraternização de final de ano. Vamos nos abraçar, e nos confraternizar remotamente, cada um nas suas casas. 

Vamos salvar vidas, não vamos contribuir para os avanços do Covid-19. Ficar em casa, usar máscaras, utilizar o álcool em Gel, higienizar bem as mãos, evitar aglomerações e manter sempre que puder o distanciamento, são as melhores e mais sensatas condutas para mantermos o ritmo de prevenção. Vamos juntos combater o Novo Coronavírus. 

Tenham todas e todos um ótimo Natal e um Ano Novo de muita saúde Paz e Prosperidades.

POSSE DA ASSOCIAÇÃO DA ILHA DO MARUIM

Na última sexta-feira (04), a diretoria da Unacomo/PE, na pessoa do secretário geral, Marcos Morais, participou da posse a nova diretoria da Associação da Ilha do Maruim, que terão mandato até dezembro de 2023. 

Desejamos aos novos dirigentes da associação, um excelente mandato, e que seja repleto de conquistas e defesa dos direitos do povo. 

ENTREVISTA: MÃE BETH DE OXUM, MUDAR OLINDA PRA MELHOR, PELA CULTURA POPULAR


Na retomada às entrevistas com (agora) candidatos ao cargo de vereador em Olinda, procuramos Mãe Beth de Oxum, que vem como um dos nomes da chapa do PCdoB nessas eleições. Nas conversas, falamos sobre suas avaliações acerca da dinâmica política na cidade e seus projetos enquanto alternativa para o povo olindense.

Mãe Beth de Oxum é Iyalorixá do Ilê Axé Oxum Karê, mestra coquista e comunicadora pernambucana, com mais de 30 anos de atuação em Olinda. Há 22 anos, fundou a sambada de Coco no bairro do Guadalupe junto com seus filhos e seu companheiro, o músico Quinho Caetés. Essa sambada acontece mensalmente e é um importante movimento de valorização da cultura popular nordestina. Também é fundadora do Afoxé Filhos de Oxum, um dos primeiros a incluir mulheres na percussão. 

Em sua atuação junto ao povo, Mãe Beth se destaca, sobretudo nas lutas contra a intolerância religiosa, combate ao racismo. Por meio da cultura popular, defende e busca melhorias para o povo, bem como é militante aguerrida em favor da democratização da comunicação. 

É criadora do Cineclube Macaíba, que promove exibições com sentimento de pertencimento com a cultura popular. Compõe o Coletivo Mídia Livrista Nordeste Livre, o qual criou a Rádio Comunitária Amnésia, do ponto de cultura Coco de Umbigada que funciona na sua casa no Beco da Macaíba.

E frente a sua candidatura à vereadora, Mãe Beth de Oxum se coloca na disputa, pois acredita que pode contribuir mais para construção política, cidadania, resistência e igualdade social. Vejamos a entrevista.

1. Atualmente, o clima eleitoral vem pautando a maioria das discussões politicas nos municípios, fato esse que provoca a sociedade civil organizada a também fazer o debate sobre a cidade e seus rumos administrativos. Dessa feita, como sua atuação junto aos movimentos sociais pode trazer subsídios para se pensar sobre Olinda?

Inicialmente precisamos refletir sobre a cidade que nós queremos? Seria uma cidade para prédios, carros e estacionamentos ou uma cidade para pessoas? Eis o primeiro ponto que reflito para chegarmos naquilo que queremos para Olinda.

Penso que Olinda precisa ser repensada, sobretudo na sua política cultural e gestão pública. Que ela se estabeleça não apenas por ciclos (Carnaval, São João, Natal etc.), e sim, que se estabeleça pelos territórios, onde esses precisam ser identificados, fortalecidos e que suas potencialidades sejam fortalecidas. E essas ações, sobretudo no âmbito da produção cultural é de fundamental relevância para constituirmos uma nova lógica política ao povo olindense.

Visto minha experiência junto aos movimentos sociais, penso que precisamos difundir as tradições e os brinquedos da cultura popular de todo território olindense (coco de roda, maracatu de baque solto e virado, cavalo marinho etc.). como forma de fortalecimento dos territórios. Foi assim que fizemos, quando resolvemos arregaçar as mangas e fazer do Guadalupe uma referência cultural na cidade. E por que não estender isso para os demais locais? Por mais de 25 anos estamos construindo essas práticas aqui no bairro, juntando a cultura popular com o povo, construindo cidadania e buscando melhorias coletivas, mas precisamos ampliar essas ações, percebendo a cidade como um todo.

Podemos mudar Olinda pra melhor, e a cultura popular é o caminho!

2. Como o coletivo avalia a gestão municipal de Olinda, principalmente no que diz respeito às políticas e equipamentos culturais?

Avalio da pior forma possível, principalmente quando sabemos que a cidade é patrimônio cultural. Não podemos conceber que a gestão cultural aqui implantada seja apenas voltada aos seus casarios edificados. Nossas políticas precisam enxergar a totalidade da cultura do seu povo. Olinda é uma cidade preta, cheia de terreiros de matriz africana e afro indígena, temos muitos brinquedos, blocos, afoxés, cocos, maracatus etc. O que percebemos é a perseguição aos nossos tambores, que sofrem com a intolerância e pelo racismo institucional e estrutural, que se esconde, em muitos casos, nas próprias legislações, a exemplo da lei de pertubação do sossego. 

Em Olinda, existem leis que calam nossos tambores, e cadê as políticas que façam nossas vozes ecoarem? Considero a atual gestão cultural como uma das piores, frente a história do município. Um prefeito alinhado as políticas bolsonaristas e atrelados as políticas mais atrasadas, sobretudo no que tange as práticas machistas, racistas, transfóbicas, dentre outras práticas perversas à sociedade. 

Estamos em contexto de pandemia, mas a gestão pública, principalmente a cultural, não conseguiu apontar nem as mínimas respostas para atender as necessidades da cadeia produtiva local. Não é essa política que queremos, nem para os artistas, tampouco para os territórios.

3. Como você avalia o atual trabalho da câmara de vereadores?

Eu sei que tem uma câmara de vereadores pelo fato de que pessoas ali, naquele prédio, pelo menos recebem salários. O povo infelizmente não se reconhece nos seus parlamentares, convivemos com péssimos exemplos de vereança. Inicialmente pela hegemonia masculina no universo dos vereadores e pelo fundamentalismo que ali habita.

Infelizmente não temos artistas ou fazedores de cultura atuando na câmara de vereadores e isso implica em prejuízos na construção de leis que apontem e fortaleçam de maneira estratégica e visando o bem do povo e do desenvolvimento, a formulação de políticas culturais, sobretudo numa perspectiva territorial.

Inexiste o compromisso legislativo com a cultura, nem em sua dimensão simbólica, tampouco na econômica, e isso numa cidade que é patrimônio. Uma contradição enorme. O que falta em nossa câmara municipal é a diversidade e a representatividade de seu povo. Onde estão as mulheres, o povo de terreiro, os homossexuais e as demais minorias naquele espaço? É hora do "pau comer" e virarmos esse jogo! E com um poder legislativo que seja alinhado com seu povo e seus territórios.

4. Na condição de candidata à câmara de vereadores, quais seriam os principais eixos de atuação desse mandato?

Elencamos que nossa candidatura trabalhará com importantes eixos, onde o que mais se destaca é a defesa e o compromisso com a cultura em nossa cidade, principalmente por meio de nossas experiência comprovada com as práticas e políticas culturais. Não queremos falar de cultura em Olinda apenas no carnaval ou nas eleições. Almejamos apontar a política cultural como eixo prioritário para o povo e economia olindense.

Faremos uma política cultural que enxergue nossas costureiras, as tapioqueiras, os músicos, os artesãos, os bonequeiros, os produtores, os fazedores de estandartes etc.

No âmbito da mobilidade, teremos o compromisso em construir mais ciclovias em todos os bairros. Na saúde, entendemos a necessidade de fortalecimento do atendimento público ao povo, bem como a questão da ampliação do saneamento básico.

Em todas essas discussões, percebemos a cultura, enquanto elemento político que possibilite melhorias ao povo e à cidade. Por exemplo, a escola e as ações educacionais precisam ser repensadas como locais estratégicos para uma construção de fortalecimento das identidades territoriais em Olinda. E pra isso, precisamos de leis e uma atuação parlamentar compromissada com esses debates.

E percebendo a nossa experiência como movimento social e cultural, temos o orgulho de ter, por meio da escola do nosso bairro e sua interação, tanto com com as inovações tecnológicas, quanto com os mestres da cultura popular, que levamos para dentro das salas e para a realidade dos estudantes, contribuímos com o aumento da qualidade de vida e do desenvolvimento humano no Guadalupe. E porque não transformar esses êxitos em políticas municipais? Porque não construir emprego e renda por meio da cultura, em Olinda. Esse é o nosso compromisso.

IDEB: UM DESAFIO À EDUCAÇÃO DE OLINDA


Por Wallace Melo Barbosa

Na última semana, todos os municípios puderam ter acesso aos resultados do IDEB, importante índice que mensura o desempenho da aprendizagem nas escolas, das redes públicas (municipal, estadual e federel) e particulares.

A verificação é percebida de forma bienal e observa as últimas turmas do ensino fundamental (anos iniciais e finais) e médio. E diante dos resultados percebidos no Ideb em Olinda, na observância da rede municipal de ensino é possivel construirmos importantes reflexões sobre a política educacional da cidade. Vejamos.

Ainda que crescente, os números aferidos pelo Ideb em Olinda, observando as escolas municipais, exceto nas turmas do 9°ano, não conseguiram chegar na meta estabelecida à cidade.

Em 2017, o resultado do Ideb das turmas do 5° ano das escolas municipais foi 4.5, quando a meta estipulada era de 4.8. Em 2019, chegamos a nota 5.0, mas o estipulado era 5.1. 

Na rede estadual, os números são mais positivos, considerando 2019. Temos um 9° ano com nota 4.4 e o 3° ano/ ensino médio com 4.2, índices superiores as metas estipuladas para as turmas, que foi 4.2 e 4.1, respectivamente. 

Retornando à realidade da rede municipal de Olinda, atribui-se ao aumento das médias,  sobretudo ao trabalho e dedicação dos docentes da rede, esses de fato, merecem nossos agradecimentos, uma vez que, é difícil obter resultados, quando ainda carecem,  de estruturas mínimas para a realização de um trabalho qualificado nas escolas.

Nesse contexto, ao observar tais resultados, podemos perceber alguns desafios à educação municipal. Um primeiro se dá pela necessária politica de valorização docente na rede e um segundo, seria a consolidação de mais recursos investidos nas estruturas das nossas escolas municipais, pois o muito que foi feito, ainda não é o suficiente para conseguirmos chegar aos patamares desejados.

Esperamos que a educação e a rede municipal sejam objetos das plataformas eleitorais daqueles que postulam a chefia do executivo em Olinda. Uma.vez que, o desafio posto, após os resultados do Ideb é, nesse momento, a busca pelo cumprimento das metas. E reconheçamos que não será facil, haja vista a pandemia, a suspensão das aulas presenciais e a debilidade no acesso ao ensino remoto, por parte da maioria do alunado da rede.

O Ideb apontou um desafio à cidade, e precisamos juntos, cobrar aos poderes públicos responsáveis, por uma politica que proporcione o desenvolvimento educacional, sobretudo com  valorização docente e a constituição de uma rede municipal mais estruturada e qualificada, para um efetivo atendimento às familias e esrudantes olindenses.

Para saber mais sobre o Ideb de Olinda, acesse aqui.

Wallace Melo Barbosa é professor e diretor de comunicação da Unacomo.

ENTREVISTA: PROFESSOR BRASIL, PELA EDUCAÇÃO E POR OLINDA



Ainda seguindo o roteiro de entrevistas com possíveis candidatos à camara de vereadores, conversamos com o professor Brasil, que vem se apresentando como alternativa de representação política aos olindenses.

Formado em História, o professor Brasil atua nas redes estadual e particular, tem experiência no trabalho legislativo, pois já trabalhou como assessor parlamentar e tem dedicado muitos anos à militância pela educação, na defesa dos direitos da classe trabalhadora e na atuação de projetos sociais em alguns bairros de Olinda. Vejamos a entrevista.

1. Atualmente, o clima eleitoral vem pautando a maioria das discussões politicas nos municipios, fato esse que provoca a sociedade civil organizada a também fazer o debate sobre a cidade e seus rumos administrativos. Dessa feita, como o seu trabalho social, pode trazer subsídios para se pensar sobre Olinda?

Os dias não têm sido fáceis para a população brasileira, principalmente para as famílias mais empobrecidas. O desemprego, o aumento das desigualdades sociais, o ataque sistemático aos direitos sociais são traços de uma agenda política posta ao Brasil, que vem penalizando grande parte do nosso povo e garantindo privilégios a uma elite, historicamente posta no Brasil. Os ataques a democracia também são marcas de uma conjuntura política desfavorável à nação.  

No entanto, é fundamental teagir a esse estado de coisas. Por isso que pecisamos resgatar os movimentos participativos, colocar a população como agentes da sua própria vontade. Precisamos, urgentemente, voltar a ouvir as pessoas, principalmente, as dos bairros mais afastados e periféricos.

Ou seja, pensar sobre Olinda hoje, é perceber a cidade como fruto dessa política nociva e a partir daí, estabelecer novos horizontes ao povo, colocando a democracia e a garantia dos direitos como o centro de nossa luta e atuação. 

2. Como você avalia a gestão municipal de Olinda?

Vejo a atual gestão como muitos atletas iniciantes, ou seja, chegou achando que iria resolver tudo, trazer soluções, porém, lhe faltou um pouco de humildade e conhecimento em gestão pública e social. E é por isso que o governo Lupércio não tem conseguido apresentar mudanças ou politicas estruturantes à cidade.

3. Como você avalia o atual trabalho da camara de vereadores?  

Infelizmente a acomodação tornou-se um slogan carimbado, não apenas nesta gestão legislativa, mas, em outras passadas. Precisamos oxigenar a câmara, trazer novos agentes populares, novos pensamentos sociais.

4. Na condição de um possível pre-candidato ao cargo de vereador, quais seriam os principais eixos de atuação para o seu mandato?

Quero trabalhar fortemente na questão educacional, buscarei levar oportunidades para crianças, adolescentes e jovens com preparatórios para escolas técnicas e Enem. Também buscarei estabelecer, dentro do âmbito social, algumas parcerias, visando assim, ajudar pessoas que estão em certa vulnerabilidade. 

Acredito muito também na união entre esportes e educação, na construção de uma política de desenvolvimento ao munícipio e por fim, penso num mandato que contribua também com o fortalecimento dos serviços públicos,  com valorização dos servidores e o estabelecimento de canais de escuta constante à população de Olinda, sobretudo aos movimentos sociais.

ENTREVISTA: VINICIUS CASTELLO, EM DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS E DAS PERIFERIAS


Tivemos a oportunidade de conversar com Vinicius Castello, que milita em defesa dos direitos humanos, sobretudo para as populações das periferias de Olinda.

Vinicius Castello é advogado, coordenador do coletivo Quilombo Marielle Franco e faz parte do Movimento Negro Unificado (MNU). Também é membro da comissão de igualdade racial da Ordem dos Advogados de Pernambuco e do núcleo de estudos constitucionais e políticas públicas da OAB/Olinda. Vejamos a entrevista.

1. Atualmente, o clima eleitoral vem pautando a maioria das discussões politicas nos municipios, fato esse que provoca a sociedade civil organizada a também fazer o debate sobre a cidade e seus rumos administrativos. Dessa feita, como o seu trabalho social, pode trazer subsídios para se pensar sobre Olinda? 

Meu trabalho social tem o intuito de fazer o que venho feito a anos: pautar a periferia. É entendendo a periferia como potência, como estrutura de uma sociedade que nos diz que somos miseráveis e ignorantes que me lanço enquanto periférico para representar o povo que sabe na vivência o que é não ter direitos. É através de ações diretas que movimente a econômica, cultura, educação e mudando uma realidade já fadada a posições estabelecidas muito antes da nossa existência que estamos construindo, coletivamente, essa candidatura. É entendendo que quem movimento a cidade de Olinda são as pessoas pobres que o trabalho social será feito, pois acredito que a política de base só pode ser de fato evidenciada através de ações efetivas. Esse é o nosso objetivo. 

 2. Como você avalia a gestão municipal de Olinda? 

A gestão atual de Olinda é uma gestão fadada ao fracasso. Fracasso porque não há sensibilidade em entender a demanda do povo. Não há participação popular. Não há escuta, empatia, solidariedade. Não há satisfação em trazer quem vive a realidade do povo olindense para o debate. Precisamos entender que a democracia só pode ser valida se o povo estiver sendo contemplado e infelizmente não é o que estamos vendo na gestão atual. 

 3. Como você avalia o atual trabalho da camara de vereadores? 

Ineficiente. A primeira câmara do Brasil deveria ser o retrato de como a sociedade é: diversa. Mas indo contrário a isso, não vemos vereadores que tenham compromisso com a população, que saiba do peso que é estar ocupando esse espaço, que represente pautas da sociedade e esteja alinhado com quem faz política em todos os bairros da sociedade. O que temos, hoje, são representantes que o povo não se vê. Que não atua durante o mandato e que não conseguem ter credibilidade. Só podemos ter uma câmara de fato representativa quando tivermos pessoas aptas a estarem nesses espaços. 

 4. Na condição de um possível pre-candidato ao cargo de vereador, quais seriam os principais eixos de atuação para o seu mandato?

Minha candidatura vem para trazer empoderamento para a periferia. É na periferia que pretendemos atuar. Com o povo, com a base. Luto contra toda e qualquer forma de opressão pois sou ativista em direitos humanos, o que me coloca numa posição de lutar pelo direito de todas as pessoas, sem exceção. Eu luto por um mundo mais justo, equânime, inclusivo, de direitos. É entendendo o meu corpo como um ato político que me lanço como opção dentro de um município que falha em ter bons representantes!

ENTREVISTA: IGOR BELCHIOR E UMA OLINDA PARA TOD@S!

E seguindo o roteiro das nossas entrevistas com lideranças que postulam a possibilidade de uma vaga na câmara de vereadores, conversamos com Igor Belchior, dirigente do PSB, partido que é filiado há quase 20 anos.

Igor é professor, formado em história e conhecido pela sua atuação em diversas frentes, no movimento estudantil, foi diretor da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), no movimento sindical e nas lutas comunitárias, como liderança e presidente da ONG Coletivo Beco Cultural, que atua nas áreas da cultura, educação popular e comunicação comunitária.

Vejamos a entrevista.

1.Como você avalia a gestão municipal de Olinda?

A minha avaliação da atual gestão Municipal, é que durante 4 anos nenhum morador da Cidade vai encontrar uma única se quer "Obra Estruturadora" na Cidade. A gestão Lupércio se resumiu a trocar lâmpadas e cortar mato, e pequenas obras de Manutenção e Limpeza. Estamos falando de uma Cidade de 400 mil habitantes, que tem problemas estruturais de vários anos, e é preciso ter um mixto de experiência administrativa e política, coisa que não se viu nessa gestão. 

A cidade acumula problemas na falta da preservação do patrimônio histórico, ambiental e turístico, além do déficit de planejamento para desenvolvimento econômico e social. Além dissi, temos outra falha grave na gestão Lupércio, a vacância de um canal de interlocução com a população, não existe essa troca ou diálogo, sobretufo nos conselhos de representatividade. Só podemos reprovar essa gestão.

2. Como você avalia o atual trabalho da camara de vereadores?

Sobre avaliação da atual Legislatura da Câmara Municipal de Olinda, eu posso afirmar sem sombra de dúvidas que essa Legislatura 2016-20 é a pior da História da Casa Bernardo Viera de Melo. Dos atuais 17 vereadores, 5 nunca apresentaram um Projeto de lei, inclusive tem vários que nunca discursaram na tribuna, são conhecidos como a bancada do "Sim" e do "Não". O grau de produção de projetos de lei para o Município é horrível, infelizmente tem vereador que não sabe o que está fazendo ali. Se a gente analisar que o poder legislativo é o principal canal de diálogo com o povo, saberíamos que Audiências Públicas são ferramentas importantes para os anseios da população Olindense, esses mecanismos são lendários na CMO.

3. Na condição de um possível pre-candidato ao cargo de vereador, quais seriam os principais eixos de atuação para o seu mandato?

Nossos principais eixos de atuação numa eventual legislatura, seria de primeira ordem uma ruptura com o atual modelo de Democracia Representativa no Legislativo, instalando uma Democracia Participativa, como por exemplo criação de lei onde ao menos uma vez no mês sessão e audiência pública seriam levados para um Bairro da cidade no horário noturno em um equipamento público Municipal, isso faz com que a população não seja apenas representada mais escutada. 

Atuaremos em defesa sobretudo da população de vulnerabilidade social, com leis propositivas em defesa da Mulher, do Negro, LGBTs, dos Beneficiários do Cadunico. Vamos defender uma atuação em defesa da Educação Pública, da Saúde Pública, do Turismo de Patrimônio Histórico como mola do Desenvolvimento Econômico Olindense.

Vamos defender uma instalação de uma ouvidoria parlamentar em defesa do Servidor público Municipal, e dos Movimentos Sociais, Esportivos e Culturais, e também uma criação de uma cooperação das casas Legislativas de Cidades Patrimônios Históricos Culturais da Humanidade. Sobretudo nossa atuação estará em sintonia com as classes populares da Cidade.

ENTREVISTA: POR OLINDA, ELES ESTÃO JUNTOS PELA CULTURA


Conversamos nessa semana com o coletivo Juntos Pela Cultura, que se apresenta, dentro desse contexto eleitoral, como uma possível alternativa para um mandato compartilhado  na câmara de vereadores. 

Na ocasião, falamos sobre a realidade do município, bem como a principal bandeira de atuação do grupo, a cultura. Vejamos a entrevista.

1. Inicialmente, quem faz parte do coletivo Juntos Pela Cultura e como se estabeleceu a ideia dessa união?

O nosso coletivo, surgiu da idéia do radialista e empreendedor cultural, Evandir Pedrosa. Que princípio séria candidato a vereador de nossa cidade. Com suas andanças e conversando com pessoas do segmento da cultura, achou por bem deixar de lado seu projeto pessoal e começou a idealizar o coletivo. 

Antônio Lindeberg, foi o nome escolhido para ser filiado ao PSB, partido escolhido pelo grupo que é formado por produtores, radialistas, quadrilheiros, forrozeiros, escritores e sempre chegando mais um.

2. Como o coletivo avalia a gestão municipal de Olinda, principalmente no que diz respeito às políticas e equipamentos culturais? 

 A nossa avaliação é tão negativa que por isso surgiu o nosso coletivo. A falta de apoio e de incentivo é transparente. Falta uma política cultural que abrace nossas necessidades, que a cultura fosse ouvida. Temos alguns equipamentos culturais, mais não podemos usar como o Mercado Eufrasio, o Mercado da Ribeira, o Clube Atlântico. Alguns estão estão há anos fechados para reforma como o Cine Olinda. É preciso querer, colocar na pasta da cultura, alguém de nosso meio e que seja comprometido em fazer o melhor para a cadeia produtiva da cultura.

3. Como você avalia o atual trabalho da camara de vereadores? 

Infelizmente, os legisladores de nossa cidade, legislam em causas próprias. Eles terminam uma eleição e já começam planejar seus mapas eleitoral para a próxima. Não temos conhecimentos de um projeto interessante para a cidade e muito menos para a cultura. Os nossos legisladores, não sabem onde existem pontos de Cultura em nosso município. É chegado a hora da sociedade começar a cobrar às necessidades que a cidade precisa, como estamos aqui fazendo nossa parte como formadores da cultura.

4. Na condição de uma possível pre-candidatura coletiva à camara de vereadores, quais seriam os principais eixos de atuação desse mandato?

O nosso mandato, será 100% voltado a educação cultural, ao fortalecimento da cultura em geral. Temos um projeto para o empreendedorismo da cultura, onde vamos trabalhar em formato de cooperativas, capacitar e requalificação e principalmente criação de Leis em benefícios de nossa cultura e de toda cadeia produtiva cultural.

ENTREVISTA: MARCOS QUIRINO, A SERVIÇO DA CULTURA E PELOS BAIRROS DE OLINDA!

Entrevistamos dessa vez, o pré-candidato a vereador, Marcos Quirino. Na ocasião falamos sobre sua trajetória e atuação na cidade, bem como, sobre o atual quadro político de Olinda, tendo em vista as ações institucionais, governo Lupércio e perspectivas para os olindenses. Confira a entrevista.

Um pouco da história de Marcos Quirino

Marcos Quirino atua politicamente em Olinda, desde a sua época juvenil, quando participou do movimento estudantil, nos tempos que era secundarista. Participou também na luta pela valorização da cultura, sobretudo das artes cênicas e dos esportes, quando, na época que fazia parte do Corre, grupo de corredores de rua, deu treinos e organizou competições amadoras de atletismo, no bairro de Rio Doce. Em 1986, Marcos Quirino conseguiu, por meio do apoio dos seus amigos e familiares e patrocínio do Café Beberibe, conseguiu correr na São Silvestre. 

No âmbito do movimento comunitário, Marcos Quirino foi presidente da associação de Chã da Mangabeira, vice-presidente da Unacomo/PE, vice-presidente da Femocohab e conselheiro da Conam. Na luta por políticas culturais, Marcos Quirino foi presidente da TCM Seu Mangabeira, e fez parte da diretoria da Associação Carnavalesca de Olinda e da Associação de Teatro de Olinda.

1. Atualmente, o clima eleitoral vem pautando a maioria das discussões politicas nos municipios, fato esse que provoca a sociedade civil organizada a também fazer o debate sobre a cidade e seus rumos administrativos. Dessa feita, como o seu trabalho, enquanto liderança comunitária, pode trazer subsídios para se pensar sobre Olinda?

Penso que a principal pauta da política local e nacional, mais do que nunca é a questao econômica e a agenda produtiva posta ao país. Sabemos que a crise que estamos vivendo foi, de fato, maximizada pela pandemia, que trouxe mais sofrimento, angústia, dor e outros problemas, principalmente para a população mais pobre. 

No entanto, até o momento, o que foi apresentado como plataforma econômica para o país,  além de não conseguir apontar o Brasil para um desenvolvimento, vem contribuindo para o desmonte do estado, aumento da dependência ao capital estrangeiro e ataques aos direitos conquistados pelo povo.

O desemprego e a desvalorização dos trabalhadores não está sendo superado, pelo contrário, hoje, nossa maior luta é pela manutenção de tudo que conquistamos, e isso é ruim para um país, mostra que as perspectivas são de retrocesso e não de avanço. 

Por isso que hoje, nossa pauta deve ser, amplamente econômica, que busquemos assim, apontar rumos melhores ao povo. No caso de Olinda, percebendo essa discussão, avalio positivamente a construção de uma agenda municipal que gere emprego e renda, de forma descentralizada, em todos os nossos bairros, por exemplo. Isso trás dignidade e esperança à população. 

2. Como você avalia a gestão municipal de Olinda?

Nesses qutro anos de governo do professor Lupercio, avalio por meio de dois momentos. O primeiro, temos um biênio administrativo com uma desenvoltura razoável. Porém, de 2019 pra cá, infelizmente, por algum motivo, o prefeito se perdeu em sua administração. 

Lupércio não vem conseguindo responder aos problemas da cidade. A exemplo das áreas de morros e nos altos de Olinda. Fazia muito tempo que não tinhamos registros de óbitos por deslizamento de barreiras, e infelizmente tivemos nessa atual gestão,  e por falta de políticas focalizadas nesses locais.

No que diz respeito a pandemia, a gestão não conseguiu fazer o devido enfrentamento, e isso trouxe e ainda causa sofrimento em nosso povo, que diga-se de passagem, não vem sido escutado pelo gestor municipal.

3. Como você avalia o atual trabalho da camara de vereadores?

Em relação aos vereadores, em sua maioria vejo muita omissão do  poder legislativo, fato qur implica descredibilidade pela população. Carece em nossa Câmara, um trabalho de fiscalização mais efetivo e com discussões mais democratizadas.

Hoje, em vésperas eleitorais, o que mais vemos, como ação efetiva dos nossos legisladores, infelizmente são práticas que não condizem com as prerrogativas da casa. Em linhas gerais, os trabalhos prestados pelos nossos vereadores resumem-se a capitação de mato, pintura de meio fio, doação de bolas e uniformes para os times de várzea, distribuição de cestas básicas e sopão, limpeza de canal etc. E o pior é que essas condutas vem "contaminando" até outros pré-candidatos. Isso confunde e deseduca a população, quanto ao real trabalho de um parlamentar no município. 

4. E na condição de um possível pre-candidato ao cargo de vereador, quais seriam os principais eixos de atuação para o seu mandato?

Educação e cultura terão uma atenção maior em um mandato. Além disso, tenho a preocupação com a criação de políticas focalizadas em nossos bairros, morros, altos e alagados, visando a geração de emprego, renda e aumento da qualidade de vida, sobretudo das famílias que mais precisam. 

ENTREVISTA: RODRIGO LOPES, "A HORA E A VEZ DOS MOTOFRETISTAS"


Essa semana, tivemos o prazer de entrevistar Rodrigo Lopes, presidente da associação de motofretistas em Pernambuco, que em nome de sua categoria, se apresenta como possivel pré-candidato nas eleições para a Câmara de Vereadores em Olinda. Na ocasião, conversamos sobre a cidade e os rumos da política local. Confira a entrevista. 

Rodrigo Lopes, tem 31 anos, trabalha como motofretista e preside a associação que representa tal categoria. Nascido no bairro de Águas  Compridas, é casado e pai de um menino e uma menina. Atualmente, percebendo as contradições sociais em sua cidade, resolveu ampliar sua atuação política,  a fim de contribuir para a busca por melhorias para a população de Olinda.

1. Atualmente, o clima eleitoral vem pautando a maioria das discussões politicas nos municipios, fato esse que provoca a sociedade civil organizada a também fazer o debate sobre a cidade e seus rumos administrativos. Dessa feita, como o seu trabalho, enquanto representante de uma categoria, pode trazer subsídios para se pensar sobre a política? 

A pandemia acelerou vários processos que já existiam no país e em especial na cidade de Olinda. O debate mais específico sobre a situação Motofretistas vem ganhando força sobre quais condições de insegurança jurídica, saúde e salário digno que estes trabalhadores estão submetidos. A relação de trabalho preconizada e a falsa sensação de autonomia vendida pelos donos de APP para enganar a sociedade. Centenas de trabalhadoras e trabalhadores estão em uma relação informação sem garantias. Por isso, precisamos de políticas públicas para regularização da profissão e consequentemente melhores condições de trabalho. Além disso, mais incentivo para o cadastro nos APP negócios dentro da nossa cidade, assim, conseguimos também girar a economia local. Nesta pandemia o trabalho dos Motofretistas evitou que centenas de pessoas estivessem na rua, fossem aos supermercados. Assim, contribuímos para um isolamento social mais eficaz

2. Como você avalia a gestão municipal de Olinda?

Olinda estava passando por um crescimento estrutural muito forte o que deu uma estagnada. A atual gestão municipal não vem pautando os principais debates importantes para o desenvolvimento da cidade. O que gera desemprego, ruas sucateadas, falta de investimento em educação e saúde. O carnaval que não é apenas "dias de festas", mas um importante momento em que a cidade desenvolve economicamente, vem sendo tratado com descaso devido a questões religiosas da atual gestão 

3. Como você avalia o atual trabalho da camara de vereadores?

O Vereador é o político mais próximo da população. A câmara dos vereadores precisa ser ocupada pela população, com debates próximos, com aprovação de projetos de leis que melhore a vida das pessoas. É o vereador que conhece as ruas esburacadas, a falta de saneamento básico, ausência de creches, o trabalho informal. Precisamos construir uma câmara voltada para a população escutando verdadeiramente suas necessidades. 

 4. Na condição de um possível pre-candidato ao cargo de vereador, quais seriam os principais eixos de atuação para o seu mandato?

 O debate dos Motofretista, que é meu cenário atual, terá grande relevância no meu mandato. É preciso urgentemente melhorar as condições impostas pelos aplicativos e qual o impacto que isso causará a médio e grande prazo no sistema de saúde municipal.

ENTREVISTA: JUNTOS POR UMA OLINDA MAIS REPRESENTATIVA

 

As eleições muncipais se avizinham e os possíveis candidatos já estão nas ruas, em suas prospecções políticas, na intenção de medir a viabilidade eleitoral de seus projetos.

Por ser uma eleição com formato novo e, direta e indiretamente, impactada pelo contexto de pandemia, veremos na luta pelo voto, as mais variadas táticas eleitorais, para incentivar o eleitor e a eleitora apertar o botão verde da urna.

Um caminho que vem sendo apresentado po alguns partidos, são os mandatos coletivos. Ou seja, após a experiência empreendida pelas Juntas (PSOL) nas eleições de 2018, muitas lideranças viram a tática com simpatia, na intenção de angariar mais votos na corrida eleitoral.

E para falarmos um pouco sobre isso, entrevistamos o movimento Unidos por Olinda, que vem estudando possibilidades de concorrer na disputa a uma vaga no parlamento municipal. Vejamos a entrevista:

Como surgiu o movimento Unidos por Olinda?

O movimento Unidos Por Olinda, surgiu a partir de alguns debates e análises sobre as conjunturas e pleitos eleitorais já vivenciados por várias lideranças dos movimentos comunitários, sociais e movimentos sindicais.

E nessas discussões, percebemos que todos nós, nas eleições, nos envolvemos em campanhas eleitorais, porém, após os resultados das urnas, percebemos que os eleitos, sempre viram as costas para as lideranças e para as bandeiras de lutas que os mesmos representam.

Dessa forma, após muitos dialogos, que é chegado a hora deste coletivo entrar na disputa direta e não mais ser simples apoiadores ou cabo eleitoral de algum candidato.

Daí surgiu a definição real do lançamento da Pré-Candidatura dos Unidos Por Olinda, a fim de construirmos um mandato coletivizado em todos os sentidos, inclusive junto as bases de apoio.

Quem faz parte da coordenação do movimento?

A coordenação é exercida por várias lideranças, tendo representantes ligados as áreas do esportes, da cultura, dos movimentos comunitários e de representação de pequenos empresários etc. Tendo como líder do grupo o militante das políticas públicas o Sr. Marcos Morais Martins.

Onde o movimento Unidos por Olinda atua na cidade?

Temos atuação nos bairros e comunidades de Jardim Fragoso, Praia verde, Alto da Mina, Santa Rita, Cidade Tabajara, Ouro Preto, Ilha do Maruim, Varadouro V8 e V9, Rio Doce e na área rural, com ações desde a melhoria da comunidade, como bem atividades esportivas, sociais, culturais, e em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.

Também temos atuação e participação nos fóruns participativos de construção das políticas de controle social, a exemplo do CMASO - conselho municipal de assistência social, COMDACO - conselho municipal de defesa da criança e do adolescentes, CONSEANO - conselho de segurança alimentar e nutricional, CDU - conselho de desenvolvimento Urbano, dentre outros.

Quais as principais bandeiras e reivindicações do movimento?

Entendemos em focar nossa atuação em defesa de três principais plataformas:

Garantia de um amplo investimento na área da educação com requalificação das creches atuais e ampliação da rede, inclusive com atendimento noturno pra atender e acolher as crianças que tem seus responsáveis como trabalhadores noturno.

Defender a ampliação das políticas de enfrentamento a falta de moradias dignas e com qualidade para as famílias de baixa renda, inclusive com investimentos nas urbanização e saneamento das comunidades periféricas.

Defender um melhor investimento na área da saúde, com atendimento 24 horas nas policlínicas dos bairros, manter regular a distribuição de medicamentos, e a implantação de sistema virtual para marcação de consultas e exames nas unidades de saúde da família.

Além de cumprirmos os principais papéis das funções de um vereador, que é fiscalizar e acompanhar os investimentos do executivo no município e elaborar, analisar, revisitar, propor e aprovar projetos de leis para cidade.

Frente o ambiente das próximas eleições, como o movimento Juntos por Olinda avalia a atual gestão da cidade?

No que se refere a atual gestão, nós que fazemos parte deste movimento, não temos como deixar de fazer duras críticas à atual gestão, até porque esta não disse, nem mostrou sua marca, tampouco apresentou  uma plataforma administrativa para cidade, e assim, ficou inerte no desenvolvimento e implantação de um plano de governo.

Ingelizmente, temos na prefeitura, uma gestão  desorganizada, atrapalhada e desastrosa.

Não temos dúvidas que dentre todas as gestões que Olinda já teve, está é a pior dos últimos 40 anos, pois destruiu e acabou com os espaços de debates e de controle social e da cidade, fechando ou sucateado os conselhos de controle social, as coordenadorias de políticas públicas, a exemplo das coordenadorias da mulher, de assunto religioso, de negros e negras, de cultura, do idoso e idosas, dentre outras.

Somamos as críticas um outro problema,  a não captação de recursos externos, mostrando fragilidade na capacidade de elaborar projetos estruturadores pra cidade.

Ou seja, a prefeitura se resumiu a administrar apenas os recursos encontrados em suas contas e executar projetos já aprovados e captados pela gestão anterior. Um governo fraco, desprovido de capacidade gestora e construtor de "maquiagens", mal feitas, diga-se de passagem, como pintura de meio fio e distribuição de pneus pintados a fim de simular uma praça, visando esconder a ineficiência na coleta de lixo.

Fora isto, a única coisa que está gestão fez foi endividar o município com a Caixa Econômica, na intenção de realizar uma obra eleitoreira, a qual não suportará um mês de chuva.

Além de inaugurar obras de calçamento de ruas e dos projetos elaborados com recursos captados pela gestão anterior.

Sendo materializada a possibilidade do movimento empreender uma candidatura à vereança, quais seriam as marcas de um mandato construído pelo grupo?

Em caso de materializar a conquista de uma cadeira na câmara, implantaremos gabinetes intinerantes nos bairros, com escutas permanentes, a fim de ouvir e ver os reais anseios e necessidades da população, para daí criarmos ações mais efetivas e projetos com objetivo de solucionar os problemas sociais e melhorar a qualidade de vida dos munícipes.

ELEIÇÕES: A HORA E A VEZ DA COMUNIDADE

Por Wallace Melo Barbosa

Com as novas regras emersas sobre o ambiente das eleições municipais, no que tange a disputa pela vereança, todos os partidos que pleiteiam participar dos processos políticos precisaram, por esses dias, construírem suas chapas proporcionais.

E de acordo com o regramento, para a disputa ao parlamento municipal, não será permitida a formação de coligações. Dessa maneira, cada partido terá que ter chapa própria. 

Para isso, as organizações partidárias terão que mobilizar seus respectivos candidatos, uma média de 20 a 30 pessoas, tendo em vista a quantidade de vereadores que compõem o poder legislativo, tomando por base, os pequenos e médios municípios. 

Contudo, construir essas candidaturas vem exigindo esforços às direções partidárias, sobretudo as que, acostumadas com as coligações, mobilizavam poucos candidatos para as composições. 

Pois bem, a regra agora é outra, e para as eleições de novembro, cada partido terá que ter seu "time montado", respeitando a cota de gênero e com candidatos motivados na busca pelo voto.

E com isso, teremos mais candidatos nas ruas, se apresentando como alternativa às câmaras municipais. E esse novo regramento favoreceu a participação das lideranças comunitárias ao pleito eleitoral.

Uma oportunidade que surge aos quadros dos movimentos comunitários que, além de fazer discussão acerca das necessidades dos bairros, poderão se colocarem como protagonistas nas eleições,  já que, em época eleitoral, essas lideranças locais, "valem ouro" para os ditos, "políticos profissionais", que geralmente só aparecem ao povo, em intervalos sazonais.

Ao ser candidato, a liderança comunitária poderá qialificar mais o trabalho de representação, junto ao povo, pois terá a oportunidade de propor ao município, políticas publicas, oriundas das bandeiras, demandas e necessidades locais, aspectos esses que o movimento conhece bem e diariamente.

Portanto, percebo que, com o novo regramento eleitoral para as eleições da camara de vereadores, surge uma oportunidade ímpar para o movimento de bairros e comunitários, alçarem suas lideranças à novos desafios e forjarem novos atores políticos na cidade. É a hora e a vez da comunidade.

Wallace Melo Barbosa - professor, humanista e diretor da Unacomo.


MORADORES EM JARDIM ATLÂNTICO RECLAMAM DOS ASSALTOS

Aos poucos, a vida vai retornando ao ritmo e a dinâmica, semelhante aos dias anteriores da pandemia. Porém, o vírus ainda circula pelas ruas, e precisamos ter o máximo de cuidado.

Mas outros perigos que também vêm circulando pelas ruas, segundo moradora de Jardim Atlântico, são os assaltos e furtos. 

Nos últimos dias, a população do bairro, visto o aumento da circulação de pessoas e abertura gradual das atividades econômicas, vem se queixando sobre o aumento de furtos nas residências e prédios, bem como de assaltos. 

De acordo com relatos, os marginais também retornaram às suas atividades, assaltando trabalhadores, roubando as casas e deixando a população com medo, frente o clima de insegurança. 

"Até uma academia de musculação, pela manhã, foi alvo de assalto. Levaram os pertences dos clientes e funcionários do estabelecimento", relatou um morador do bairro.

É preciso que as autoridades formulem soluções para inibir a criminalidade em Jardim Atlântico, pois os moradores estão sofrendo com isso.

MOVIMENTO FAZ CRÍTICAS À CONSTRUÇÃO DE ÁREA DE LAZER NO CAENGA


E na mesma proporção dos aplausos, também vieram as críticas. Assim foi a dinâmica na cidade, após a inauguração do Espaço de Lazer e Convivência do Caenga.

O movimento Fiscaliza Olinda questionou sobre as estruturas do espaço, que embora inaugurado pelo prefeito, não estava pronto, com equipamentos já danificados, fiação expostas e alvenaria deteriorada.

Já o vereador Marcelo Soares, reproduziu em suas redes sociais a crítica feita pelos moradores, que questionavam a construção do equipamento e reivindicavam para o mesmo lugar uma UPA, para o atendimento da população.

"Lupércio tinha prometido sua campanha de 2016, que ia construir uma Unidade de Pronto Atendimento. Ao invés disso, ele vem com essa área de lazer para o mesmo local. Nosso povo queria uma UPA e não campinho de futebol". Falou uma moradora que reside na estrada do Caenga.


CAENGA: PREFEITURA INAUGURA ÁREA DE LAZER

Foto: Prefeitura de Olinda 
A prefeitura de Olinda inaugurou na última sexta-feira (03), uma nova área de lazer para a população residente nos bairros de Águas Compridas e adjacências. 

O espaço de lazer e convivência do Caenga, segundo o prefeito Lupércio, que postou em suas redes sociais, se configura como uma area necessária à população local,  haja vista que, antes, as pessoas tinham que "fazer caminhadas na Estrada de Águas Compridas, dividindo espaço com os veículos", pois inexistia uma estrutura para a prática de esportes e diversão na localidade.

Embora com todas as restrições postas, devido ao contexto de pandemia, o prefeito inaugurou a área, mas só liberou a pista de caminhada.

Os outros equipamentos, como quadra, academia e pista de ciclismo terão o seu uso autorizado mediante a liberação das autoridades sanitárias.

OLINDA EM LUTO: ZÉ SOM, PRESENTE!


Na última quinta-feira (02), a populacao de Olinda soube da triste notícia do falecimento do artista plástico olindense, Zé Som. 

José Carlos Sarmento atuou nas artes por mais de 50 anos, tendo um legado de obras espalhada por todo mundo, retratando especialmente as belezas de Olinda. 

O deputado Renildo Calheiros e a vice-governadora Luciana Santos, ambos ex-prefeitos de Olinda, lamentaram pela morte de Zé Som em suas redes sociais. A prefeitura também emitiu nota em alusão ao falecimento do artista.

SAÍDA DE WEINTRAUB DO MEC, UM NOVO EPISÓDIO DE UM GOVERNO EM DECADÊNCIA


Na última quinta-feira (18), o economista Abraham Weintraub tornou-se o mais novo ministro a sair do desastroso governo Bolsonaro.

É sabido que a pressão era grande contra o ministro, sobretudo do parlamento e do STF, não apenas pela sua ingerência sobre o MEC, mas também pelas suas declarações e ataques à suprema corte do país.

No domingo (14), o então ministro, participou de uma manifestação, junto ao grupo Bolsonarista, 300 do Brasil, emitindo suas opiniões e reforçando os ataques ao STF. Além disso, Weintraub estava sem máscaras e desrespeitando as orientações sanitárias. Fato esse que ocasionou em uma multa, no valor de dois mil Reais, emitido pelo governo do Distrito Federal. Até o presidente fez críticas sobre a sua participação no ato. Esses acontecimentos, além de, mais uma vez, desgastar a figura do ministro, serviram para acelerar, de certa maneira sua saída do ministério.

Weintraub, frente à gestão do MEC, foi se tornando persona non grata, por diversas instituições, parlamentares e organizações civis. No congresso nacional, muitas de suas decisões foram revogadas pelos deputados (ID estudantil, não adiamento do ENEM, nomeação de reitores das universidades etc.), alguns pediram até sua demissão e prisão. E na última segunda-feira (15), seu nome foi mantido, por decisão do STF, nos inquéritos das fake news. Além disso, Abraham ainda é investigado na suprema corte, em uma denúncia de racismo, quando proferiu opiniões sobre a China.

Segundo Abraham Weintraub sua demissão se justificou pelo convite recebido para trabalhar no Banco Mundial. Mas, até a ala militar que compõem o governo, já pressionava o presidente pela saída do ministro.

Segundo informações, o MEC passará por um momento de transição, para que seja nomeado outro ministro. Os caminhos não serão fáceis, pois os 14 meses de permanência de Weintraub na pasta, o acúmulo político do ministério foi de profundo retrocesso, impopularidade, desgastes e ingerências.

Um novo ciclo desastroso, agora no Banco Mundial 
Weintraub, ao comunicar sua saída do MEC, ressaltou que estava fechando um ciclo e começando outro. Sua indicação ao Banco Mundial foi oficializada pelo ministério da economia. O Brasil tem a prerrogativa de indicar o profissional que representará os interesses financeiros nacionais e ainda dos seguintes países, Colômbia, Equador, República Dominicana, Panamá, Haiti, Suriname, Trinidad e Tobago e Filipinas.

Os governantes desses países, ainda não se pronunciaram em relação ao nome apresentado por Bolsonaro. Sabe-se que Weintraub tem formação e experiência no setor econômico. Trabalhou por muitos anos com o sistema financeiro, no entanto, sua trajetória profissional como economista é marcada pela falência do banco Votorantim.

Alguns ex-integrantes do Banco Mundial não reagiram bem em relação à indicação de Weintraub à instituição. O caso pode até se tornar uma “piada internacional”, devido à possibilidade real, visto a conduta profissional do ex-ministro, de ser mais um ato desastroso do governo Bolsonaro.

Exclusão ao acesso à pós-graduação, eis o último ato de Weintraub no MEC
No dia de seu desligamento do MEC, o então ministro, não podia deixar de reafirmar a sua marca de gestor público incompetente, traço esse que o acompanhou pelo tempo de condução do ministério da educação. E para selar sua saída, Weintraub revogou a portaria que estabelece cotas para estudantes negros (as), indígenas e com deficiência nos programas de pós-graduação nas universidades federais. Mais um retrocesso na educação do Brasil.

Sobre esse fato, os deputados federais, Danilo Cabral e Denis Bezerra, ambos do PSB, apresentaram um projeto de lei visando suspender os efeitos da portaria emitida pelo ex-ministro da educação, e assim fazer a defesa das cotas na pós-graduação das universidades.

No entanto, na terça-feira (23), o ministro interino da educação, Antonio Paulo Vogel de Medeiros, visto o equívoco cometido, revogou o último ato de Weintraub, retomando assim, a política de cotas para as pós-graduações nas universidades federais.

Weintraub vai de “mala e cuia” para os EUA
Outro aspecto nada convincente foi a rápida mudança do ex-ministro da educação para os Estados Unidos. É bem verdade que Weintraub justificou sua saída do MEC devido ao convite de trabalho no Banco Mundial, mas na ocasião da notícia, também falou numa transição no ministério. No entanto essa passagem de bastão não contará com a sua presença. No dia que anunciou sua demissão, falou aos seus seguidores, por meio de suas redes sociais, que precisaria sair do país o mais rápido possível.

Weinntraub, na manhã do sábado (20) já se encontrava em solo americano. O ex-ministro aproveitou as vantagens conferidas pelo cargo ministerial e conseguiu entrar nos EUA sem a necessidade de uma quarentena, uma vez que a legislação local abre essa exceção com vistos especiais. Logo após sua chegada em solo norte-americano, a sua exoneração foi publicada no Diário Oficial da União. A ida repentina de Weintraub aos EUA gerou desconfiança, já que o ex-ministro bolsonarista vem sendo investigado e tem “nome sujo” no Supremo Tribunal Federal, que por sua vez, chegou a proibir sua saída do país.

Alguns deputados também fizeram requerimentos à justiça pela retenção do passaporte de Weintraub, alegando que a saída do país, atrapalharia as investigações que envolvia o ex--ministro.

Será que Weiintraub está escondendo algo ou fugindo da justiça, ou tudo isso foi a vontade de assumir o novo emprego no Banco Mundial? Até o momento, os outros países ainda não se manifestaram em relação a indicação do Brasil. Ficam as expectativas para os novos capítulos.

VEREADOR RICARDO SOUSA DENUNCIA PRECARIZAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR


O vereador Ricardo Sousa chamou atenção para o estado de abandono da prefeitura em relação ao Conselho Tutelar. Ao visitar uma das estruturas do órgão, o parlamentar encontrou uma gama de problemas.

Ricardo Sousa, dentre tantos pontos observados, relatou sobre a deficiência no número de funcionários no Conselho, falta de manutencao das estruturas fisicas (mofos, rachaduras infiltração), debilidade no deslocamento dos(as) conselheiros(as) por falta de carro, computadores quebrados etc.

Foto: Ricardo Sousa
Foto: Ricardo Sousa 
Foto: Ricardo Sousa 
Foto: Ricardo Sousa 

MORADORES DENUNCIAM TRANSTORNOS DAS CHUVAS


Na madrugada de domingo (14), a chuva deixou transtornos em algumas ruas no bairro de Jardim Atlântico, Olinda.

O curioso é que os transtornos denunciados ocorreram logo nas margens do canal, recentemente reformado, por meio de uma grande obra estruturante ocorrida no bairro e nas adjacências. 

Infelizmente, a obra que seria para resolver os problemas dos alagamentos no bairro devido as chuvas. Mas pelo visto, não está resolvendo muito, principalmente para os moradores que residem nas margens do canal que foi consideravelmente aumentado. Falou um morador que não quis se identificar.

Veja os fotos