CONFERÊNCIA NACIONAL POPULAR DE EDUCAÇÃO JÁ TEM DATA E CALENDÁRIO PARA AS ETAPAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS


Após o golpe implantado em nossa democracia e a materialização do processo de desmonte da educação brasileira e do próprio Fórum Nacional de Educação (FNE), foi lançado nesta terça-feira (20), a Conferência Nacional Popular de Educação (CONAPE), que ocorrerá em abril de 2018.

A Conferência é fruto dos processos de crítica e resistência feita pelo conjunto de entidades de educação, sobretudo às ações e políticas encaminhadas pelo Ministério da Educação, capitaneado pelo ministro Mendonça Filho (DEM), principalmente no que tange as reformas no ensino médio e alteração da composição do FNE, que excluiu diversas representações que participavam da construção do fórum e que sempre serviu - até o momento em que foi desmontado pelo governo Temer - como um importante espaço de permanente interlocução entre a sociedade civil e o Estado brasileiro.

Além da conferência, as entidades também organizaram o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), um espaço de resistência e de diálogo para os diversos atores envolvidos com educação e que conta com ampla participação dos setores e organizações de todo país. O fórum terá a função de exercer o controle social de acompanhamento da execução e do cumprimento das metas Plano Nacional de Educação, organizar a CONAPE, intensificar as cobranças e pressões sobre o governo federal, principalmente no que diz respeito ao financiamento da educação pública, valorização dos(as) trabalhadores(as) da educação e cumprimento dos planos estaduais e municipais.

A Conferência Nacional Popular de Educação já tem o seu calendário. As etapas municipais serão entre os meses de julho e outubro. Já as conferências estaduais e distrital ocorrerão entre os meses de novembro de 2017 a março de 2018 e no dias 26, 27 e 28 de abril, acontecerá a etapa nacional.

Recife pelas Diretas

Artistas e cidadãos se reunirão neste domingo (11) para mais um ato em defesa das Diretas Já. Desta vez, o palco será montado no Cais da Alfândega, no Bairro do Recife, das 14h às 22h, para o 'Recife pelas Diretas'. O ato ocorre uma semana após o 'Não me venha com indiretas', que pediu a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e a realização de eleições diretas, na Praça do Carmo, em Olinda. 

Na página do 'Recife pelas Diretas' no Facebook, o grupo organizador apresenta o 'Manifesto Recife pelas Diretas Já'. Nele, os manifestantes afirmam que o País "vive a maior cris social, política e institucional do século, mergulhado em sombras e incertezas e descrédito nas instituições nacionais, com profundos abalos no sistema democrático". 

"O presidente Temer já provou não reunir as mínimas condições éticas, técnicas e de governabilidade para conduzir o País - cada dia dele no poder representa não apenas ameaças às políticas públicas, mas um insulto a cada brasileir@ contrári@ a essa cultura de privilégios, de apropriação dos bens públicos e corrupção, de exploração e devastação, que tem caracterizado o Brasil", afirma o manifesto.