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Foto: Portal Leia Já |
Sobre o título da nota, informo que peguei emprestado de um texto de Carlos Nelson Coutinho que trata sobre a teoria gramsciana.
Contudo, a provocação do título, aqui nesse contexto, se estabelece por lamentar a notícia que li no jornal, sobre o afastamento do ex-prefeito do Recife, João Paulo, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Tal lamento não aconteceria, se o afastamento do ex-prefeito se desse por meio de divergências de teor ideológico ou por motivações programáticas, porém, fiquei inquieto ao constatar que João Paulo se aparta de seu partido, devido, segundo a matéria lida, aos constantes ataques proferidos a sua imagem e história, alegando infidelidade ao PT, por grupos ligados a vereadora petista e pré-candidata ao governo de Pernambuco, Marília Arraes.
Avalio uma situação dessa com muito desânimo, pois vejo que a "pequena política", o pragmatismo e as coisas menores estão tomando espaço destacado nas discussões, em detrimento a questões mais amplas e importantes, sobretudo nessa quadra política que o país se encontra.
Cabe lembrar que em 2014, a própria Marília foi vítima de ataques a sua moral e imagem, inclusive com injúrias e frases ofensivas pintadas em alguns muros na cidade. Tudo por questões motivadas principalmente pelas disputas no interior do seu partido na época. Em 2016, a atual vereadora do Recife se filiou ao PT.
E hoje, em meio a uma rica discussão interna no PT Pernambuco, acerca da participação eleitoral no estado, ao invés dos grandes temas serem trazidos à baila para o debate militante, acontece o inverso, a opção ao expediente da pequena política de acusações e ataques (endereçados a João Paulo e ao senador Humberto Costa) ganha mais espaço, acarretando assim o afastamento do ex-prefeito às atividades partidárias.
Pois bem, espero que os dirigentes do PT consigam reverter essa situação, pois perder um quadro como João Paulo, de fato é algo muito ruim. Mas isso é coisa para a militância petista avaliar, fico aqui apenas nos meus "pitacos".