No último sábado (22), a diretoria da Unacomo, junto aos seus convidados e convidadas e representantes das organizações comunitárias filiadas a entidade, participaram da confraternização 2018. Um momento festivo e de fortalecimento de importantes laços dentro das lutas dos movimentos sociais e comunitários no estado.
DIRETORIA DA UNACOMO CONSTRÓI SEU PLANEJAMENTO
No último sábado (15), a diretoria da Unacomo se reuniu, a fim de construir o planejamento da entidade e reforçar seu plano de lutas, construído em seu último congresso.
Dentre as questões debatidas, foi ressaltada a necessidade de fortalecimento das entidades comunitárias, nas suas representações, articulações e capacidade de intervenção social e política.
Soma-se a isso, a construção de um novo cadastramento das organizações comunitárias, bem como fortalecimento e maior participação popular nos órgãos de fiscalização e controle social em Pernambuco. Também foi sugerido a construção de curso de formação para os movimentos sociais.
Muitas lutas e novidades estão por vir! Sigamos firmes e mobilizados!
NOS 50 ANOS DO AI-5, A EDUCAÇÃO VENCE A CENSURA
Por Wallace Melo Barbosa
Nada mais simbólico que, na semana que lembramos os 50 anos de publicação do Ato Institucional Nº 5, pela ditadura militar, aconteceu em Brasília, o arquivamento do projeto intitulado de Escola Sem Partido, que estabelece a censura e a mordaça dentro do ambiente escolar.
Nada mais simbólico que, na semana que lembramos os 50 anos de publicação do Ato Institucional Nº 5, pela ditadura militar, aconteceu em Brasília, o arquivamento do projeto intitulado de Escola Sem Partido, que estabelece a censura e a mordaça dentro do ambiente escolar.
O AI-5 foi um dos instrumentos, utilizados pelos militares, de maior teor repressivo da história política do Brasil. Na época, o presidente da república era o marechal Arthur da Costa e Silva, que, após reunião com o Conselho de Segurança Nacional (em sua 43ª sessão), aprovou a edição do ato, que deixaria profundas marcas no país, elevando ainda mais o ambiente de ditadura.
Era um momento de efervescência social, vários setores lutavam pelo fim da ditadura militar, como por exemplo, os sindicatos, que junto aos movimentos operários, preparavam greves e protestos. E os estudantes, que organizados em torno da UNE e da UBES, faziam grandes passeatas e atos contra o regime.
A intelectualidade e os artistas também flertavam com o fim da ditadura. Muitos já percebiam que aquele regime não atendia aos interesses do povo e da nação.
Mas a resposta a todas essas movimentações veio por meio da instituição de uma década de terror e repressão. O AI-5 vigorou por 10 anos. Nesse tempo, 98 deputados e 5 senadores tiveram seus mandatos cassados. O Congresso Nacional foi fechado por 10 meses.
O ato permitia que o presidente demitisse sumariamente qualquer funcionário público, suspendia direitos políticos, criava proibições para a realização de reuniões, instituía a censura nos jornais e nas produções artísticas e intelectuais, suspendia o direito de habeas corpus nos casos de crimes políticos contra a segurança nacional, e legitimava as práticas de cárceres, torturas e chacinas instituída pelos militares e seus órgãos de controle, operações e fiscalização (DOI-CODI, Dops etc.). Seus efeitos duraram até outubro de 1978. Estima-se que cerca de 20 mil brasileiros tenham sofrido tortura no regime militar. Não é prejuízo lembrar que, foi durante a vigência do AI-5 que o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado pelos militares.
Uma história para ser lembrada, porém, nunca repetida!
E diante dessa infeliz lembrança que marca nossa história, o Brasil, meio século após a publicação do AI-5, vive mais uma vez um período de instabilidade política, ameaça a democracia, golpismo e censura, sobretudo, com o governo do presidente Jair Bolsonaro.
Contudo, assim como os tantos que lutaram contra a repressão política e o autoritarismo, na ditadura militar, o povo brasileiro ainda hoje é resistente e não foge da luta pela democracia. E foi dentro desse cenário que, na última terça-feira (11 de dezembro), após inúmeras discussões, o projeto intitulado de “Escola Sem Partido” sofreu uma grande derrota na comissão especial do Congresso Nacional.
A ideia central da proposição do movimento Escola Sem Partido é a instituição da censura nas escolas e da “mordaça” aos professores e professoras, quando esses estiverem no exercício da docência, proibindo a abordagem de certos conteúdos dentro de sala de aula, como por exemplo, a questão da diversidade, orientação sexual, raça, além da privação aos educadores em relação as suas concepções ideológicas, políticas, partidárias, estéticas etc.
Felizmente, o projeto foi arquivado, podendo retornar à pauta do Congresso Nacional, somente na próxima legislatura, mediante um novo processo, iniciando a sua tramitação do seu ponto inicial.
Embora o projeto não tenha expirado, o seu arquivamento aumenta a esperança pela defesa de um país com mais democracia e combativo à qualquer forma de censura. O projeto Escola Sem Partido, ao instituir praticamente um movimento “cruzadista” contra os professores e professoras, reaviva todas as mazelas da repressão sofrida pelo povo em décadas passada e que não precisam voltar aos nossos tempos.
Pernambuco também derrota a “lei da mordaça”
Já na quarta-feira (12 de dezembro), aconteceu na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o arquivamento do projeto de lei apresentado pelo representante da bancada evagélica e deputado estadual, pastor Cleiton Collins (PP), que institui a lei da mordaça no estado. E também, após um caloroso e polêmico debate, a proposta foi arquivada na comissão de educação da ALEPE. O projeto, assim como aconteceu em Brasília, só poderá ser reapresentado na próxima legislatura.
DIRETOR DA UNACOMO É ELEITO NA CONFERÊNCIA METROPOLITANA DE TRANSPORTES
Na última quinta-feira (06), foi realizada a retomada da 3ª Conferência Metropolitana de Transportes. O evento tem a finalidade de reunir vários segmentos que estão direta e indiretamente ligados as dinâmicas da mobilidade na região, a fim de elaborar e aprovar proposições ao sistema de transportes públicos de passageiros, num período bienal. Tais propostas, posteriormente, são encaminhadas ao conselho superior de transportes metropolitanos, para que o órgão cuide de suas execuções.
E frente a um caloroso debate que a conferência mobiliza, os participantes, no final do evento, elegeu como um de seus representantes, nos próximos dois anos, no conselho superior de transportes metropolitano, o olindense, Jean Pierre, na categoria de usuário comum.
Jean Pierre compõe a direção da Unacomo e atua no conjunto das lutas populares, sobretudo na representação da juventude pernambucana e nas mobilizações e defesa dos povos de terreiro e na construção de políticas de igualdade racial.
"Vamos Trabalhar a transversalidade dos segmentos dos usuários do transporte público.Travaremos mais uma luta, agora para o melhorar o transporte público e ter mais qualidade para a população". Afirmou o conselheiro Jean Pierre.
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