Na última quinta-feira (18), o economista Abraham Weintraub tornou-se o mais novo ministro a sair do desastroso governo Bolsonaro.
É sabido que a pressão era grande contra o ministro, sobretudo do parlamento e do STF, não apenas pela sua ingerência sobre o MEC, mas também pelas suas declarações e ataques à suprema corte do país.
É sabido que a pressão era grande contra o ministro, sobretudo do parlamento e do STF, não apenas pela sua ingerência sobre o MEC, mas também pelas suas declarações e ataques à suprema corte do país.
No domingo (14), o então ministro, participou de uma manifestação, junto ao grupo Bolsonarista, 300 do Brasil, emitindo suas opiniões e reforçando os ataques ao STF. Além disso, Weintraub estava sem máscaras e desrespeitando as orientações sanitárias. Fato esse que ocasionou em uma multa, no valor de dois mil Reais, emitido pelo governo do Distrito Federal. Até o presidente fez críticas sobre a sua participação no ato.
Esses acontecimentos, além de, mais uma vez, desgastar a figura do ministro, serviram para acelerar, de certa maneira sua saída do ministério.
Weintraub, frente à gestão do MEC, foi se tornando persona non grata, por diversas instituições, parlamentares e organizações civis. No congresso nacional, muitas de suas decisões foram revogadas pelos deputados (ID estudantil, não adiamento do ENEM, nomeação de reitores das universidades etc.), alguns pediram até sua demissão e prisão. E na última segunda-feira (15), seu nome foi mantido, por decisão do STF, nos inquéritos das fake news. Além disso, Abraham ainda é investigado na suprema corte, em uma denúncia de racismo, quando proferiu opiniões sobre a China.
Segundo Abraham Weintraub sua demissão se justificou pelo convite recebido para trabalhar no Banco Mundial. Mas, até a ala militar que compõem o governo, já pressionava o presidente pela saída do ministro.
Segundo informações, o MEC passará por um momento de transição, para que seja nomeado outro ministro. Os caminhos não serão fáceis, pois os 14 meses de permanência de Weintraub na pasta, o acúmulo político do ministério foi de profundo retrocesso, impopularidade, desgastes e ingerências.
Um novo ciclo desastroso, agora no Banco Mundial
Weintraub, ao comunicar sua saída do MEC, ressaltou que estava fechando um ciclo e começando outro. Sua indicação ao Banco Mundial foi oficializada pelo ministério da economia. O Brasil tem a prerrogativa de indicar o profissional que representará os interesses financeiros nacionais e ainda dos seguintes países, Colômbia, Equador, República Dominicana, Panamá, Haiti, Suriname, Trinidad e Tobago e Filipinas.
Weintraub, ao comunicar sua saída do MEC, ressaltou que estava fechando um ciclo e começando outro. Sua indicação ao Banco Mundial foi oficializada pelo ministério da economia. O Brasil tem a prerrogativa de indicar o profissional que representará os interesses financeiros nacionais e ainda dos seguintes países, Colômbia, Equador, República Dominicana, Panamá, Haiti, Suriname, Trinidad e Tobago e Filipinas.
Os governantes desses países, ainda não se pronunciaram em relação ao nome apresentado por Bolsonaro. Sabe-se que Weintraub tem formação e experiência no setor econômico. Trabalhou por muitos anos com o sistema financeiro, no entanto, sua trajetória profissional como economista é marcada pela falência do banco Votorantim.
Alguns ex-integrantes do Banco Mundial não reagiram bem em relação à indicação de Weintraub à instituição. O caso pode até se tornar uma “piada internacional”, devido à possibilidade real, visto a conduta profissional do ex-ministro, de ser mais um ato desastroso do governo Bolsonaro.
Exclusão ao acesso à pós-graduação, eis o último ato de Weintraub no MEC
No dia de seu desligamento do MEC, o então ministro, não podia deixar de reafirmar a sua marca de gestor público incompetente, traço esse que o acompanhou pelo tempo de condução do ministério da educação. E para selar sua saída, Weintraub revogou a portaria que estabelece cotas para estudantes negros (as), indígenas e com deficiência nos programas de pós-graduação nas universidades federais. Mais um retrocesso na educação do Brasil.
Sobre esse fato, os deputados federais, Danilo Cabral e Denis Bezerra, ambos do PSB, apresentaram um projeto de lei visando suspender os efeitos da portaria emitida pelo ex-ministro da educação, e assim fazer a defesa das cotas na pós-graduação das universidades.
No entanto, na terça-feira (23), o ministro interino da educação, Antonio Paulo Vogel de Medeiros, visto o equívoco cometido, revogou o último ato de Weintraub, retomando assim, a política de cotas para as pós-graduações nas universidades federais.
Weintraub vai de “mala e cuia” para os EUA
Outro aspecto nada convincente foi a rápida mudança do ex-ministro da educação para os Estados Unidos. É bem verdade que Weintraub justificou sua saída do MEC devido ao convite de trabalho no Banco Mundial, mas na ocasião da notícia, também falou numa transição no ministério. No entanto essa passagem de bastão não contará com a sua presença. No dia que anunciou sua demissão, falou aos seus seguidores, por meio de suas redes sociais, que precisaria sair do país o mais rápido possível.
Weinntraub, na manhã do sábado (20) já se encontrava em solo americano. O ex-ministro aproveitou as vantagens conferidas pelo cargo ministerial e conseguiu entrar nos EUA sem a necessidade de uma quarentena, uma vez que a legislação local abre essa exceção com vistos especiais. Logo após sua chegada em solo norte-americano, a sua exoneração foi publicada no Diário Oficial da União. A ida repentina de Weintraub aos EUA gerou desconfiança, já que o ex-ministro bolsonarista vem sendo investigado e tem “nome sujo” no Supremo Tribunal Federal, que por sua vez, chegou a proibir sua saída do país.
Alguns deputados também fizeram requerimentos à justiça pela retenção do passaporte de Weintraub, alegando que a saída do país, atrapalharia as investigações que envolvia o ex--ministro.
Será que Weiintraub está escondendo algo ou fugindo da justiça, ou tudo isso foi a vontade de assumir o novo emprego no Banco Mundial? Até o momento, os outros países ainda não se manifestaram em relação a indicação do Brasil. Ficam as expectativas para os novos capítulos.
No dia de seu desligamento do MEC, o então ministro, não podia deixar de reafirmar a sua marca de gestor público incompetente, traço esse que o acompanhou pelo tempo de condução do ministério da educação. E para selar sua saída, Weintraub revogou a portaria que estabelece cotas para estudantes negros (as), indígenas e com deficiência nos programas de pós-graduação nas universidades federais. Mais um retrocesso na educação do Brasil.
Sobre esse fato, os deputados federais, Danilo Cabral e Denis Bezerra, ambos do PSB, apresentaram um projeto de lei visando suspender os efeitos da portaria emitida pelo ex-ministro da educação, e assim fazer a defesa das cotas na pós-graduação das universidades.
No entanto, na terça-feira (23), o ministro interino da educação, Antonio Paulo Vogel de Medeiros, visto o equívoco cometido, revogou o último ato de Weintraub, retomando assim, a política de cotas para as pós-graduações nas universidades federais.
Weintraub vai de “mala e cuia” para os EUA
Outro aspecto nada convincente foi a rápida mudança do ex-ministro da educação para os Estados Unidos. É bem verdade que Weintraub justificou sua saída do MEC devido ao convite de trabalho no Banco Mundial, mas na ocasião da notícia, também falou numa transição no ministério. No entanto essa passagem de bastão não contará com a sua presença. No dia que anunciou sua demissão, falou aos seus seguidores, por meio de suas redes sociais, que precisaria sair do país o mais rápido possível.
Weinntraub, na manhã do sábado (20) já se encontrava em solo americano. O ex-ministro aproveitou as vantagens conferidas pelo cargo ministerial e conseguiu entrar nos EUA sem a necessidade de uma quarentena, uma vez que a legislação local abre essa exceção com vistos especiais. Logo após sua chegada em solo norte-americano, a sua exoneração foi publicada no Diário Oficial da União. A ida repentina de Weintraub aos EUA gerou desconfiança, já que o ex-ministro bolsonarista vem sendo investigado e tem “nome sujo” no Supremo Tribunal Federal, que por sua vez, chegou a proibir sua saída do país.
Alguns deputados também fizeram requerimentos à justiça pela retenção do passaporte de Weintraub, alegando que a saída do país, atrapalharia as investigações que envolvia o ex--ministro.
Será que Weiintraub está escondendo algo ou fugindo da justiça, ou tudo isso foi a vontade de assumir o novo emprego no Banco Mundial? Até o momento, os outros países ainda não se manifestaram em relação a indicação do Brasil. Ficam as expectativas para os novos capítulos.