As eleições muncipais se avizinham e os possíveis candidatos já estão nas ruas, em suas prospecções políticas, na intenção de medir a viabilidade eleitoral de seus projetos.
Por ser uma eleição com formato novo e, direta e indiretamente, impactada pelo contexto de pandemia, veremos na luta pelo voto, as mais variadas táticas eleitorais, para incentivar o eleitor e a eleitora apertar o botão verde da urna.
Um caminho que vem sendo apresentado po alguns partidos, são os mandatos coletivos. Ou seja, após a experiência empreendida pelas Juntas (PSOL) nas eleições de 2018, muitas lideranças viram a tática com simpatia, na intenção de angariar mais votos na corrida eleitoral.
E para falarmos um pouco sobre isso, entrevistamos o movimento Unidos por Olinda, que vem estudando possibilidades de concorrer na disputa a uma vaga no parlamento municipal. Vejamos a entrevista:
Como surgiu o movimento Unidos por Olinda?
O movimento Unidos Por Olinda, surgiu a partir de alguns debates e análises sobre as conjunturas e pleitos eleitorais já vivenciados por várias lideranças dos movimentos comunitários, sociais e movimentos sindicais.
E nessas discussões, percebemos que todos nós, nas eleições, nos envolvemos em campanhas eleitorais, porém, após os resultados das urnas, percebemos que os eleitos, sempre viram as costas para as lideranças e para as bandeiras de lutas que os mesmos representam.
Dessa forma, após muitos dialogos, que é chegado a hora deste coletivo entrar na disputa direta e não mais ser simples apoiadores ou cabo eleitoral de algum candidato.
Daí surgiu a definição real do lançamento da Pré-Candidatura dos Unidos Por Olinda, a fim de construirmos um mandato coletivizado em todos os sentidos, inclusive junto as bases de apoio.
Quem faz parte da coordenação do movimento?
A coordenação é exercida por várias lideranças, tendo representantes ligados as áreas do esportes, da cultura, dos movimentos comunitários e de representação de pequenos empresários etc. Tendo como líder do grupo o militante das políticas públicas o Sr. Marcos Morais Martins.
Onde o movimento Unidos por Olinda atua na cidade?
Temos atuação nos bairros e comunidades de Jardim Fragoso, Praia verde, Alto da Mina, Santa Rita, Cidade Tabajara, Ouro Preto, Ilha do Maruim, Varadouro V8 e V9, Rio Doce e na área rural, com ações desde a melhoria da comunidade, como bem atividades esportivas, sociais, culturais, e em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.
Também temos atuação e participação nos fóruns participativos de construção das políticas de controle social, a exemplo do CMASO - conselho municipal de assistência social, COMDACO - conselho municipal de defesa da criança e do adolescentes, CONSEANO - conselho de segurança alimentar e nutricional, CDU - conselho de desenvolvimento Urbano, dentre outros.
Quais as principais bandeiras e reivindicações do movimento?
Entendemos em focar nossa atuação em defesa de três principais plataformas:
Garantia de um amplo investimento na área da educação com requalificação das creches atuais e ampliação da rede, inclusive com atendimento noturno pra atender e acolher as crianças que tem seus responsáveis como trabalhadores noturno.
Defender a ampliação das políticas de enfrentamento a falta de moradias dignas e com qualidade para as famílias de baixa renda, inclusive com investimentos nas urbanização e saneamento das comunidades periféricas.
Defender um melhor investimento na área da saúde, com atendimento 24 horas nas policlínicas dos bairros, manter regular a distribuição de medicamentos, e a implantação de sistema virtual para marcação de consultas e exames nas unidades de saúde da família.
Além de cumprirmos os principais papéis das funções de um vereador, que é fiscalizar e acompanhar os investimentos do executivo no município e elaborar, analisar, revisitar, propor e aprovar projetos de leis para cidade.
Frente o ambiente das próximas eleições, como o movimento Juntos por Olinda avalia a atual gestão da cidade?
No que se refere a atual gestão, nós que fazemos parte deste movimento, não temos como deixar de fazer duras críticas à atual gestão, até porque esta não disse, nem mostrou sua marca, tampouco apresentou uma plataforma administrativa para cidade, e assim, ficou inerte no desenvolvimento e implantação de um plano de governo.
Ingelizmente, temos na prefeitura, uma gestão desorganizada, atrapalhada e desastrosa.
Não temos dúvidas que dentre todas as gestões que Olinda já teve, está é a pior dos últimos 40 anos, pois destruiu e acabou com os espaços de debates e de controle social e da cidade, fechando ou sucateado os conselhos de controle social, as coordenadorias de políticas públicas, a exemplo das coordenadorias da mulher, de assunto religioso, de negros e negras, de cultura, do idoso e idosas, dentre outras.
Somamos as críticas um outro problema, a não captação de recursos externos, mostrando fragilidade na capacidade de elaborar projetos estruturadores pra cidade.
Ou seja, a prefeitura se resumiu a administrar apenas os recursos encontrados em suas contas e executar projetos já aprovados e captados pela gestão anterior. Um governo fraco, desprovido de capacidade gestora e construtor de "maquiagens", mal feitas, diga-se de passagem, como pintura de meio fio e distribuição de pneus pintados a fim de simular uma praça, visando esconder a ineficiência na coleta de lixo.
Fora isto, a única coisa que está gestão fez foi endividar o município com a Caixa Econômica, na intenção de realizar uma obra eleitoreira, a qual não suportará um mês de chuva.
Além de inaugurar obras de calçamento de ruas e dos projetos elaborados com recursos captados pela gestão anterior.
Sendo materializada a possibilidade do movimento empreender uma candidatura à vereança, quais seriam as marcas de um mandato construído pelo grupo?
Em caso de materializar a conquista de uma cadeira na câmara, implantaremos gabinetes intinerantes nos bairros, com escutas permanentes, a fim de ouvir e ver os reais anseios e necessidades da população, para daí criarmos ações mais efetivas e projetos com objetivo de solucionar os problemas sociais e melhorar a qualidade de vida dos munícipes.