ELEIÇÕES: A HORA E A VEZ DA COMUNIDADE

Por Wallace Melo Barbosa

Com as novas regras emersas sobre o ambiente das eleições municipais, no que tange a disputa pela vereança, todos os partidos que pleiteiam participar dos processos políticos precisaram, por esses dias, construírem suas chapas proporcionais.

E de acordo com o regramento, para a disputa ao parlamento municipal, não será permitida a formação de coligações. Dessa maneira, cada partido terá que ter chapa própria. 

Para isso, as organizações partidárias terão que mobilizar seus respectivos candidatos, uma média de 20 a 30 pessoas, tendo em vista a quantidade de vereadores que compõem o poder legislativo, tomando por base, os pequenos e médios municípios. 

Contudo, construir essas candidaturas vem exigindo esforços às direções partidárias, sobretudo as que, acostumadas com as coligações, mobilizavam poucos candidatos para as composições. 

Pois bem, a regra agora é outra, e para as eleições de novembro, cada partido terá que ter seu "time montado", respeitando a cota de gênero e com candidatos motivados na busca pelo voto.

E com isso, teremos mais candidatos nas ruas, se apresentando como alternativa às câmaras municipais. E esse novo regramento favoreceu a participação das lideranças comunitárias ao pleito eleitoral.

Uma oportunidade que surge aos quadros dos movimentos comunitários que, além de fazer discussão acerca das necessidades dos bairros, poderão se colocarem como protagonistas nas eleições,  já que, em época eleitoral, essas lideranças locais, "valem ouro" para os ditos, "políticos profissionais", que geralmente só aparecem ao povo, em intervalos sazonais.

Ao ser candidato, a liderança comunitária poderá qialificar mais o trabalho de representação, junto ao povo, pois terá a oportunidade de propor ao município, políticas publicas, oriundas das bandeiras, demandas e necessidades locais, aspectos esses que o movimento conhece bem e diariamente.

Portanto, percebo que, com o novo regramento eleitoral para as eleições da camara de vereadores, surge uma oportunidade ímpar para o movimento de bairros e comunitários, alçarem suas lideranças à novos desafios e forjarem novos atores políticos na cidade. É a hora e a vez da comunidade.

Wallace Melo Barbosa - professor, humanista e diretor da Unacomo.


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