Estudantes ocupam a agência de recarga do VEM.
Os estudantes que ocupam um dos postos de recarga do VEM Grande Recife divulgaram em nota que não foram eles quem fizeram com que o serviço na agência ficasse lento, mas sim os agentes da Polícia Militar (PM) que estavam no local.
Confiram abaixo a nota oficial divulgada:
"Hoje, primeiro de fevereiro, completamos 12 dias de reajustes nas tarifas do transporte público da RMR. Esse reajuste veio acompanhado por um enorme sentimento de repudio da população o que culminou em duas atividades de rua, duramente reprimidas pela polícia. Após esses criminosos episódios cometidos pelo Governo do Estado, a população foi novamente às ruas entregar uma pauta de reivindicação ao governo e o tratamento recebido após isso foi o pleno desdenho, ante o sentimento e a vontade popular.
Agora, entendemos que qualquer negociação que podemos conseguir, vira pela justa e pacifica pressão popular. Ocupamos o Posto de Recarga do VEM, localizado na Praça Maciel Pinheiro com o objetivo de cobrar publicamente a pauta de reivindicações que apresentamos ao Governador Eduardo Campos.
Entendemos que a sensibilidade com que o governo vem nos tratando é a mesma que tem os donos das empresas de ônibus com o povo, a sensibilidade do lucro. E isso a população não admite mais. Por tanto, reivindicamos o atendimento dos pontos da pauta de reivindicações apresentada ao governo. Não haverá recuo da população que está nas ruas em luta contra o aumento das passagens, enquanto o governo não atender a vontade popular.
Pauta de reivindicações apresentada ao governo de Pernambuco:
-Revogação do aumento das tarifas;
-Congelamento do preço das passagens por 4 anos;
-Anulação imediata de todos os inquéritos contra os manifestantes;
-Passe Livre para estudantes e desempregados;
-Auditoria pública no sistema de transporte metropolitano;
-Maior investimento no modal de transporte sobre trilhos.
-Pela retratação pública do governo do estado, sobre o abuso no uso da força policial contra a população;
1 de fevereiro de 2012
COMITÊ POPULAR CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS
O tenente do 13º Batalhão da Polícia Militar, André Bezerra, afirmou que a PM teve que fechar umas das portas do posto e controlar a entrada e saída das pessoas para "garantir a segurança e integridade física tanto dos funcionários quanto do prédio público". Por causa dessa ação, uma fila enorme que chegou até o Teatro do Parque se formou do lado de fora do posto de recarga.
PROTESTO - A manifestação desta quarta (1º) começou com a promessa de que iria seguir o mesmo rumo das passeatas de quarta (25) e quinta-feira (27): caminhar pela Avenida Conde da Boa Vista e Agamenon Magalhães e terminar no Palácio do Campo das Princesas. Ao perceberem que o número de pessoas que compareceram na concentração desta quarta, a organização do protesto decidiu mudar o itinerário e, depois de boatos que iriam para a Câmara Municipal do Recife, seguiram para o posto de recarga do VEM localizado na Praça Maciel Pinheiro, no bairro da Boa Vista.
Os manifestantes ocuparam o térreo do prédio e avisaram que pretendiam ficar lá até que suas reivindicações fossem ouvidas pelas autoridades. A Polícia Militar fechou uma das portas da agência e começou a controlar a saída e entrada da população que queria recarregar seus VEMs.
Após realizarem uma rápida reunião, às 18h15 os estudantes resolveram terminar a ocupação e se reunirão para decidir que rumos tomar agora. Apesar da reação negativa da população, que jogou ovos durante a passeata na Conde da Boa Vista e ficou revoltada com a demora no posto de recarga, os estudantes consideraram o ato um sucesso. Uma plenária aconteceu do lado de fora do posto de reabastecimento onde foi decidido que agora os estudantes iriam realizar o "catracato", que consiste em pular a catraca dos ônibus e incentivar a população a fazer o mesmo.
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