Audiência declara ilegal greve dos rodoviários e obriga retorno imediato ao trabalho

Serviço deve ser normalizado a partir da 0h desta sexta-feira

 

Terminou há pouco o julgamento do dissídio coletivo referente à greve dos rodoviários que atinge a Região Metropolitana do Recife. A audiência foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) na tarde desta quinta-feira (05). Em decisão unânime, a paralisação foi considerada ilegal e abusiva pelos desembargadores do TRT, sendo decretado que os motoristas, cobradores, despachantes e fiscais de tráfego devem retornar ao trabalho imediatamente, garantindo que o transporte público seja totalmente normalizado a partir das 0h desta sexta-feira (06).  A justiça arbitrou uma multa diária de R$ 20 mil, em caso de descumprimento da ordem.

 

Na oportunidade, também foi determinado o reajuste salarial de 7% para a categoria e estipulado que os dias em que os trabalhadores estiveram parados serão respectivamente descontados da remuneração. Em meio a um clima de muita insatisfação, os grevistas permanecem em frente ao prédio do Tribunal. O policiamento foi reforçado no local.


Enquanto os trabalhadores lutam por melhorias dos seus salários, trabalhadores que correm risco de vida, por falta de segurança, correndo o risco de assaltos, acidentes nas vias sucateadas em diversos pontos da cidade, os desembargadores andam em seus carros com ar condicionado, sem enfrentar o estresse que é dirigir os coletivos, e decreta ilegalidade da greve, a ilegalidade deveria ser os altos salários que ganham ao ano, são desembragadores, juizes e políticos, aprovam aumento dos seus salários sem nenhuma dificuldade. Essa é a justiça no Brasil???

PARA O CONHECIMENTO DE TODOS:

Pela Constituição Federal, o salário dos desembargadores no Brasil é limitado atualmente em R$ 24,1 mil mensais. Mas, em 2011, os magistrados de 19 tribunais estaduais receberam em média R$ 34,6 mil por mês, conforme levantamento feito pela Gazeta do Povo. O acréscimo ocorre principalmente pelas cha­­madas vantagens eventuais, que reúnem be­­nefícios garantidos por leis locais ou normas internas dos órgãos. O salário de 1.062 desembargadores totalizou R$ 287,8 milhões no ano passado. Mas, com os “penduricalhos”, o valor bruto recebido atingiu R$ 442 milhões, um crescimento de 54%.


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