A partir da próxima terça-feira, dia 18, bancários de todo o Estado entrarão em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite de ontem em vários estados do País, por orientação do Comando Nacional dos Bancários. Na próxima segunda-feira, novas assembleias deverão ser realizadas para organizar a movimentação nacional e, se necessário, avaliar alguma proposta que for apresentada pelos bancos. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, cerca de 300 pessoas participaram da assembleia - ao todo, cinco pessoas foram contrárias à paralisação e uma se absteve da votação. Pernambuco conta com aproximadamente 12 mil bancários, que trabalham em mais de 500 agências e postos de serviço e, para Jaqueline, a paralisação deste ano deve superar o índice de participação do ano passado, quando mais de 50% das agências ficaram fechadas. “A greve vai atingir todos os bancos. Esperamos um novo posicionamento da Fenaban até o dia 17, mas, na minha opinião, a greve realmente vai ocorrer”, comentou.
A medida foi tomada mais de um mês após o começo das negociações da categoria com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que recebeu a pauta da categoria no dia 1º de agosto. Entre as reinvindicações dos bancários, figuram um reajuste salarial de 10,25% (5% de ganho real), piso salarial de R$ 2.416,38, aumento para R$ 622 do auxílio-refeição e de outros auxílios, participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 4.9621,25 fixos, além de outras solicitações. A proposta apresentada pela Fenaban é de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais.
“Eles não apresentaram nada nos outros itens, como contratação, aumento no piso, fim das demissões. A proposta deles não contempla o que queremos. Com o lucro enorme que eles ganham, os bancos têm condições de melhorar a nossa remuneração e os nossos problemas”, afirmou Jaqueline. Por meio de nota, a Fenaban informou que “a proposta dos bancos está na mesa de negociações para ser debatida com o movimento sindical” e que “confia no diálogo, que tem sido presente nas negociações de 2012, para alcançar os entendimentos necessários ao fechamento do acordo”.
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