JORNADA DE LUTAS DA JUVENTUDE BRASILEIRA


MST, REJU, CUT, Consulta Popular e Marcha Mundial das Mulheres, organizações já apoiadas pela CESE, e suas parceiras dão início a uma articulação com o objetivo de movimentar a juventude brasileira. A Jornada de Lutas da Juventude Brasileira acontecerá entre os dias 25 de março e 01 de abril.

Dentre as pautas estão o combate ao extermínio da juventude e violência contra a juventude negra, destinação de 10% do PIB, 100% dos royalties do petróleo e 50% do fundo social do Pré-sal para a educação. Retomada imediata da Reforma Agrária política fundamental para a fixação do homem no campo e controle do inchaço das cidades. Melhores condições de trabalho para a juventude que tem sido vítima da superexploração trabalhista e do subemprego. Democratização dos meios de comunicação e quebra do oligopólio dos meios de comunicação de massa de nosso país.

No documento convocatório da Jornada, escrevem:

As entidades estudantis, as juventudes do movimento social, dos trabalhadores/as, da cidade, do campo, as feministas, as juventudes políticas, as juventudes religiosas, jovens dos coletivos de cultura, das redes e das diversas ruas estão reunidos movidos por um ideal: mudar o Brasil e conquistar mais direitos para juventude.

É preciso denunciar que em todo o Brasil a juventude negra é chacinada nas periferias e o que lhe é oferecida é mais violência por parte do estado que a abandona, mas não apenas a ela. O campo que alimenta a cidade segue órfão dos investimentos públicos que poderiam atrair a juventude, que de lá é expulsa pela concentração de terras, e encontra na cidade a poluição, a precarização no trabalho, a ausência do direito de organização sindical, os mais baixos salários e o desemprego.

Essa é a dura realidade da maioria da População Economicamente Ativa no país, e não as mentiras da imprensa oligopolizada, que foi parceira da Ditadura na ideologia que nos vendeu o Milagre Brasileiro e por ela foi beneficiada para encobrir torturas e assassinatos. É coerente que ela se oponha à Verdade a Justiça, que se cale ante as torturas e ao extermínio dos pobres e negros dos dias de hoje, que busque confundir e dopar a juventude, envenenando a política, vendendo-nos inutilidades, reproduzindo os valores da violência, da homofobia, do machismo e da intolerância religiosa. Mas eles não falam mais sozinhos, e estamos aqui pra fazer barulho.

Queremos reformas estruturais que garantam um projeto de desenvolvimento social, solidário, que rompa com os valores do patriarcado, que abram caminhos ao socialismo: todos e todas com direito pleno à educação, Trabalho Decente, com liberdade de organização sindical, com Verdade e Justiça para nossos heróis mortos e desaparecidos, com Reforma Agrária e investimentos para o campo florescer também para as pessoas. Que nas cidades, longe de racismo, violência e intolerância, tenhamos um Estado laico, democrático, inclusivo, que respeite os direitos humanos fundamentais, inclusive aos nossos corpos, ao meio ambiente, à religiosidade e à liberdade de orientação sexual.

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