ENTREVISTA: RODRIGO LOPES, "A HORA E A VEZ DOS MOTOFRETISTAS"


Essa semana, tivemos o prazer de entrevistar Rodrigo Lopes, presidente da associação de motofretistas em Pernambuco, que em nome de sua categoria, se apresenta como possivel pré-candidato nas eleições para a Câmara de Vereadores em Olinda. Na ocasião, conversamos sobre a cidade e os rumos da política local. Confira a entrevista. 

Rodrigo Lopes, tem 31 anos, trabalha como motofretista e preside a associação que representa tal categoria. Nascido no bairro de Águas  Compridas, é casado e pai de um menino e uma menina. Atualmente, percebendo as contradições sociais em sua cidade, resolveu ampliar sua atuação política,  a fim de contribuir para a busca por melhorias para a população de Olinda.

1. Atualmente, o clima eleitoral vem pautando a maioria das discussões politicas nos municipios, fato esse que provoca a sociedade civil organizada a também fazer o debate sobre a cidade e seus rumos administrativos. Dessa feita, como o seu trabalho, enquanto representante de uma categoria, pode trazer subsídios para se pensar sobre a política? 

A pandemia acelerou vários processos que já existiam no país e em especial na cidade de Olinda. O debate mais específico sobre a situação Motofretistas vem ganhando força sobre quais condições de insegurança jurídica, saúde e salário digno que estes trabalhadores estão submetidos. A relação de trabalho preconizada e a falsa sensação de autonomia vendida pelos donos de APP para enganar a sociedade. Centenas de trabalhadoras e trabalhadores estão em uma relação informação sem garantias. Por isso, precisamos de políticas públicas para regularização da profissão e consequentemente melhores condições de trabalho. Além disso, mais incentivo para o cadastro nos APP negócios dentro da nossa cidade, assim, conseguimos também girar a economia local. Nesta pandemia o trabalho dos Motofretistas evitou que centenas de pessoas estivessem na rua, fossem aos supermercados. Assim, contribuímos para um isolamento social mais eficaz

2. Como você avalia a gestão municipal de Olinda?

Olinda estava passando por um crescimento estrutural muito forte o que deu uma estagnada. A atual gestão municipal não vem pautando os principais debates importantes para o desenvolvimento da cidade. O que gera desemprego, ruas sucateadas, falta de investimento em educação e saúde. O carnaval que não é apenas "dias de festas", mas um importante momento em que a cidade desenvolve economicamente, vem sendo tratado com descaso devido a questões religiosas da atual gestão 

3. Como você avalia o atual trabalho da camara de vereadores?

O Vereador é o político mais próximo da população. A câmara dos vereadores precisa ser ocupada pela população, com debates próximos, com aprovação de projetos de leis que melhore a vida das pessoas. É o vereador que conhece as ruas esburacadas, a falta de saneamento básico, ausência de creches, o trabalho informal. Precisamos construir uma câmara voltada para a população escutando verdadeiramente suas necessidades. 

 4. Na condição de um possível pre-candidato ao cargo de vereador, quais seriam os principais eixos de atuação para o seu mandato?

 O debate dos Motofretista, que é meu cenário atual, terá grande relevância no meu mandato. É preciso urgentemente melhorar as condições impostas pelos aplicativos e qual o impacto que isso causará a médio e grande prazo no sistema de saúde municipal.

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