Duas novas fábricas em Goiana e Jaboatão vão gerar 295 vagas de empregos




O Polo Farmacoquímico de Goiana teve mais dois empreendimentos confirmados. A Ionquímica Nordeste e a AC Diagnóstico investirão, juntas, R$ 31,5 milhões, com a geração de 295 empregos. As empresas obtiveram o sinal verde para a concessão de benefícios fiscais, ontem, durante reunião do Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviço (Condic). O setor de fármacos não é um dos projetos mais velozes à frente do desenvolvimento econômico de Pernambuco. A licitação do acesso à Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), uma das maiores produtoras de vacinas do País, por exemplo, terá que ser reaberta.

Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Márcio Stefanni, o edital é prioridade. O lançamento ocorrerá novamente porque o executivo do grupo vencedor da concorrência faleceu e os outros participantes do certame não quiseram realizar os serviços a preços maiores. A conclusão da câmara fria da Hemobrás, que armazenará o plasma, está prevista para junho, enquanto um processo licitatório dura no mínimo três meses. “O maior exemplo potencial de inovação tecnológica é o Polo Farmacoquímico. Estamos atrás desses investidores, mas é a conta gotas mesmo, porque as negociações são difíceis”, avaliou Stefanni.
Desembarcando agora no Estado, a Ionquímica iniciará a produção provisória dentro de seis meses em um galpão no Recife, transferindo-se para Goiana até 2013. A empresa trabalha há 25 anos com a fabricação de insumos para a indústria de cosméticos. São 1,5 mil clientes no Brasil. Entre os de maior quilate aparecem nomes como O Boticário, Avon, Unilever e Natura. Será a primeira filial do grupo, que tem sede em Guarulhos, São Paulo.

A unidade pernambucana empregará 125 pessoas. A expectativa é atingir uma capacidade produtiva de 5,6 toneladas em três anos. Mesmo antes de iniciar a operação, cerca de 50 compradores da Ionquímica no Norte e Nordeste já fecharam negócio. “Tínhamos a ideia de vir para cá de uma outra forma, mas a demanda aumentou e o próprio crescimento do Estado nos obrigou a isso. Atendemos o cliente quase que ao mesmo tempo, pois o tempo compromete a produção dele. Estando aqui do lado, melhoraremos o atendimento”, observou o diretor administrativo-financeiro da empresa, Rubens Gimenez.

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