Foi com violência gratuita que uma manhã de protestos pacíficos contra o aumento de 6,5% no valor das passagens de ônibus se encerrou, no Centro do Recife, nesta segunda-feira (23). Três estudantes foram detidos e algus ficaram feridos depois que policiais passaram a agredir e jogar spray de pimenta nos manifestantes. Os jovens foram às ruas nesta terça-feira (24) e quarta feira(25).
O momento de maior tensão aconteceu no fim da passeata, quando uma jovem de 26 anos, identificada como Juliana, levou uma gravata de um policial e foi encaminhada, com muita agressividade, para o interior de uma viatura. O motivo da prisão é desconhecido. Ela, uma garota de 14 anos e um rapaz de 19 estão na delegacia prestando depoimento. O estudante de música da Universidade Federal de Pernambuco Luiz Otávio Carvalheira teve o nariz quebrado por um agente. Ele seguiu para o Hospital da Restauração. Moradores de prédios da via, solidários, jogaram papéis picados e confetes pelas janelas.
Mesmo presa no ônibus, parado no engarrafamento, a professora Gleice Maria Costa, 41, se mostrou favorável ao movimento. "Acho o protesto válido. O aumento das passagens vai pesar no bolso de todos. Tenho dois filhos e não me importaria que eles estivessem aí. Admiro esses meninos que vão às ruas lutar por causas coletivas", disse. Esperar não foi tão agradável para a vendedora Zenilda Ferreira, 61. "Esses estudantes são desocupados. Muitos nem estudam de verdade. Deveriam fazer isso à meia-noite, quando não vão atrapalhar a vida de trabalhadores", afirmou.
Já impaciente no dia 23, a polícia decidiu, então, lançar contra os jovens bombas de efeito moral. A manifestação dispersou, mas voltou a se formar no cruzamento da Conde da Boa Vista com a Rua do Hospício até cehgar na Rua da Soledade, na qual se encerrou depois de muita confusão entre policiais e protestantes. O choque foi embora logo após um grupo se unir, dar um abraço coletivo nos agentes e oferecer flores para eles.
O momento de maior tensão aconteceu no fim da passeata, quando uma jovem de 26 anos, identificada como Juliana, levou uma gravata de um policial e foi encaminhada, com muita agressividade, para o interior de uma viatura. O motivo da prisão é desconhecido. Ela, uma garota de 14 anos e um rapaz de 19 estão na delegacia prestando depoimento. O estudante de música da Universidade Federal de Pernambuco Luiz Otávio Carvalheira teve o nariz quebrado por um agente. Ele seguiu para o Hospital da Restauração. Moradores de prédios da via, solidários, jogaram papéis picados e confetes pelas janelas.
Mesmo presa no ônibus, parado no engarrafamento, a professora Gleice Maria Costa, 41, se mostrou favorável ao movimento. "Acho o protesto válido. O aumento das passagens vai pesar no bolso de todos. Tenho dois filhos e não me importaria que eles estivessem aí. Admiro esses meninos que vão às ruas lutar por causas coletivas", disse. Esperar não foi tão agradável para a vendedora Zenilda Ferreira, 61. "Esses estudantes são desocupados. Muitos nem estudam de verdade. Deveriam fazer isso à meia-noite, quando não vão atrapalhar a vida de trabalhadores", afirmou.
Já impaciente no dia 23, a polícia decidiu, então, lançar contra os jovens bombas de efeito moral. A manifestação dispersou, mas voltou a se formar no cruzamento da Conde da Boa Vista com a Rua do Hospício até cehgar na Rua da Soledade, na qual se encerrou depois de muita confusão entre policiais e protestantes. O choque foi embora logo após um grupo se unir, dar um abraço coletivo nos agentes e oferecer flores para eles.
Há ainda a cobrança da realização de uma promessa de campanha do governador Eduardo Campos: diminuir a carga tributária sobre os transportes para, dessa forma, impactar menos nas tarifas. Pessoas que estão em prédios na avenida jogam papel picado em apoio aos estudantes. "Acho o protesto válido. O aumento das passagens vai pesar no bolso de todos. Admiro esses meninos que vão às ruas lutar por causas coletivas", disse a professora Gleice Maria Costa, de 41 anos, que está dentro de um ônibus, impedida de chegar ao seu destino por causa do protesto.
Mais de 400 pessoas realizam manifestação na Boa Vista.
Mais um protesto contra o aumento das passagens de ônibus começou no Recife, nesta quarta-feira (25). Mais de 400 pessoas saíram por volta das 14h30 do Ginásio Pernambucano, na rua do Hospício, seguiram pela avenida Conde da Boa Vista, no sentido Derby, e já passaram pela Agamenon Magalhães. O que se vê na manifestação são pessoas com apitos, narizes de palhaço, bandeiras do Brasil e das entidades estudantis, rostos pintados, e máscaras.
Nas ruas, passageiros de ônibus e moradores dos prédios da avenida Conde da Boa Vista acenavam e jogavam papéis, em apoio ao ato. Quatro viaturas do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPtran) e 13 da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) acompanham o protesto. Às 15h20 os manifestantes fecharam completamente o cruzamento da Conde da Boa Vista com a rua Gonçalves Maia e por volta das 16h chegaram à avenida Agamenon Magalhães, onde sentados, fecharam os dois sentidos da via. Os motoristas ficaram nervosos e pediram a reabertura da avenida, que só aconteceu 20 minutos depois com a chegada de viaturas da Rádio Patrulha. Representantes das entidades estudantis pediam para que as pessoas se retirassem do local e permitissem a passagem carros.
Por volta das 16h20 eles retornaram ao início da Conde da Boa Vista, em frente ao curso Panorama, onde impediram a passagem de um carro da polícia, que só foi liberado após manifestantes colocarem flores e cartazes no para-brisa. O grupo segue pela avenida Conde da Boa Vista, onde a via no sentido Centro está fechada e o trânsito está complicado. Agentes da CTTU estam no local e ajudam na organização. Manifestantes prometem ir ao Palácio do Campo das Princesas.
Concentração - Presente no último protesto, o estudante que se identificou apenas como Raphael, de 18 anos, improvisou um colete feito de emborrachado para protestar não só contra o aumento das passagens, mas também contra a ação da polícia. Ainda segundo Raphael, sua intenção na última manifestação foi sair às ruas em paz, mas o Batalhão de Choque revidou de maneira inesperada.
Para o estudante da UFRPE, Emanoel Sávio, de 19 anos, esse é um movimento não só dos estudantes, mas de todos os simpatizantes da causa, e que agora ganha um novo sentido também na luta contra a ação policial. Ele acredita que o símbolo da manifestação, agora, é a foto da estudante Juliana Sant’Anna, 26 anos, sendo carregada pelo pescoço, por um policial. Já a estudante de Letras da UFPE Luísa Morgado, de 20 anos, levou girassóis para distribuir entre as pessoas. Para ela, o protesto é também contra o desrespeito ao cidadão e a flor representa a paz.
O capitão Renan Nascimento, da Rocam, falou sobre o espisódio em que o policial deu uma gravata na estudante, e afirmou que o rapaz está prestando serviços administrativos para poder preservar a imagem dele, mas que pessoalmente, não viu erro nenhum na atitude.
De acordo com Janaina Oliveira, membro da Assembleia Nacional de Estudante Livre (ANEL), três pessoas foram intimadas e levadas para a delegacia. Ela informou que a intenção é realizar um protesto pacífico, mas muitas das ações que aconteceram nos últimos atos foram isoladas, não representativas do movimento. Ainda de acordo com a estudante, o grupo do facebook “Contra o aumento das passagens” foi hackeado e deletado.
Para o estudante da UFRPE, Emanoel Sávio, de 19 anos, esse é um movimento não só dos estudantes, mas de todos os simpatizantes da causa, e que agora ganha um novo sentido também na luta contra a ação policial. Ele acredita que o símbolo da manifestação, agora, é a foto da estudante Juliana Sant’Anna, 26 anos, sendo carregada pelo pescoço, por um policial. Já a estudante de Letras da UFPE Luísa Morgado, de 20 anos, levou girassóis para distribuir entre as pessoas. Para ela, o protesto é também contra o desrespeito ao cidadão e a flor representa a paz.
O capitão Renan Nascimento, da Rocam, falou sobre o espisódio em que o policial deu uma gravata na estudante, e afirmou que o rapaz está prestando serviços administrativos para poder preservar a imagem dele, mas que pessoalmente, não viu erro nenhum na atitude.
De acordo com Janaina Oliveira, membro da Assembleia Nacional de Estudante Livre (ANEL), três pessoas foram intimadas e levadas para a delegacia. Ela informou que a intenção é realizar um protesto pacífico, mas muitas das ações que aconteceram nos últimos atos foram isoladas, não representativas do movimento. Ainda de acordo com a estudante, o grupo do facebook “Contra o aumento das passagens” foi hackeado e deletado.
Governador se Posiciona Pela Primeira Vez Sobre Manifestações dos Estudantes.
Eduardo afirmou que a orientação do Governo foi preservar o direito da realização do protesto, mas sem esquecer o direito do cidadão comum.
O governador Eduardo Campos (PSB) se posicionou, pela primeira vez, sobre os confrontos ocorridos entre policiais e estudantes, nos últimos dias, durante as manifestações contra o aumento de 6,5% das passagens de ônibus. O chefe do Executivo colocou que a orientação do Governo do Estado foi preservar o direito da realização do protesto, mas sem esquecer o direito do cidadão comum. Em seguida, o socialista asseverou que se houve excessos, eles devem ser apurados levando em conta não só a atuação das autoridades como também dos estudantes.
"Nós respeitamos as manifestações, mas nós sabemos também que o direito de um acaba onde começa o direito do outro. Não é possivel fazer uma passeata e jogar uma pedra no trabalhador que está ali lutando para levar o seu sustento para casa, jogar pedra em uma senhora que está indo para o médico, impedir a passagem de uma ambulância que está levando um doente pra o hospital", apontou, após a abertura do seminário FIFA Fan Fest, no Mar Hotel, em Boa Viagem.
O socialista também explicou que o única representação feita sobre o ocorrido foi feita por um diretório acadêmico, ontem, e que as apurações já estão sendo tocadas pelo secretário estadual de Defesa Social, Wilson Damázio. Em relação as queixas sobre o aumento das passagens, Eduardo Campos defendeu que o preço da tarifa ainda é o mais baixo do País, levando em consideração os estados que ainda não sofreram reajustes.
"Nós respeitamos as manifestações, mas nós sabemos também que o direito de um acaba onde começa o direito do outro. Não é possivel fazer uma passeata e jogar uma pedra no trabalhador que está ali lutando para levar o seu sustento para casa, jogar pedra em uma senhora que está indo para o médico, impedir a passagem de uma ambulância que está levando um doente pra o hospital", apontou, após a abertura do seminário FIFA Fan Fest, no Mar Hotel, em Boa Viagem.
O socialista também explicou que o única representação feita sobre o ocorrido foi feita por um diretório acadêmico, ontem, e que as apurações já estão sendo tocadas pelo secretário estadual de Defesa Social, Wilson Damázio. Em relação as queixas sobre o aumento das passagens, Eduardo Campos defendeu que o preço da tarifa ainda é o mais baixo do País, levando em consideração os estados que ainda não sofreram reajustes.
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