Publicado em 23.01.2011
Jornal do Commercio.
Boneco gigante mais famoso do Carnaval de Olinda vai reverenciar no desfile deste ano o jornalista José Mário Auregésilo, 65 anos, e a carnavalesca e foliona Jodecilda Airola de Lima, Dona Dá, 71
Perto de completar 80 anos, o Homem da Meia Noite vai homenagear neste Carnaval quem ajudou a contar parte de sua história e quem sempre o recepcionou com muita folia nas ladeiras de Olinda. O jornalista José Mário Austregésilo, 65 anos, e a carnavalesca e foliona Jodecilda Airola de Lima, Dona Dá, da Rua da Boa Hora, 71, são os escolhidos.
“Ela é uma personagem ilustre do Carnaval de Olinda, recepciona todas as agremiações com muita alegria na porta de sua casa. José Mário, por sua vez, tem uma ligação muito forte com a troça. Produziu o único vídeo sobre a história do Homem da Meia Noite”, explica Adolpho Alves e Silva, presidente da agremiação.
A apresentação dos homenageados acontecerá na noite da próxima quarta-feira, na sede da troça, na Rua do Bonsucesso, quando haverá também a entrega do prêmio Gigante Cultural a seis personalidades que ajudam a manter viva a memória da agremiação e do Carnaval de rua.
“Recebo esta homenagem com grande emoção e alegria. Em 1998, quando fui o homenageado do Carnaval, fiz questão de sair no Homem da Meia Noite”, diz José Mário. Há 45 anos registrando a folia pernambucana como jornalista, pela TV Universitária, TV Jornal e outros veículos, ele se prepara para manter o mesmo ritmo este ano.
Sua admiração pelo gigante de Olinda começou na infância, quando morava na Encruzilhada, no Recife, e esperava, com a família, a passagem do Homem da Meia Noite pela Estrada de Belém. Naquele tempo havia até carros alegóricos, muitos deles ornamentados bem perto da casa de Zé Mário. “É uma lembrança muito bonita”, diz. O desfile, nos últimos anos, na madrugada do domingo de Carnaval, ficou restrito à Cidade Patrimônio.
NOVIDADES:
O Homem da Meia Noite completará 80 anos em 2012. Os preparativos para o aniversário especial já começaram e incluem a inauguração, em fevereiro próximo, de uma loja própria, para venda de artigos da agremiação, e de um café-bar.
Conforme Adolpho Alves e Silva, a loja venderá réplicas do calunga, camisas, sandálias customizadas, canetas, imãs de geladeira e outros objetos para quem cultua o principal símbolo da folia olindense ou visita a cidade querendo levar uma lembrança de valor cultural.
O presidente, como sempre, faz mistérios sobre a saída do gigante no domingo 6 de fevereiro. Antecipa, apenas, que o tema deste ano é “Sou calunga nordestino sim senhor, rumo aos 80.”
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