ESPECIAL 1º DE MAIO

1° de maio: Saiba a importância do bem estar no trabalho e do prazer profissional

Neste domingo, dia em que em todo o mundo é comemorado o Dia do Trabalho, a Folha parabeniza todos os trabalhadores pernambucanos com uma reportagem especial sobre a data e com histórias de cidadãos realizados com suas profissões. As pessoas que buscam o prazer e o bem-estar no exercício que escolhem para ganhar a vida, garantem maior conforto da mente e vida mais feliz.
 Para muitos cidadãos brasileiros, o trabalho é algo visto de forma pesada e, nem sempre, positivo. No entanto, insatisfações dentro do ambiente de trabalho são sentidas por consequência de vários motivos, e esses podem ser causados por sentimentos extremamente pessoais, como desejos e sonhos específicos. Existem empresas que procuram suprir certas necessidades de seus funcionários, para que não haja descontentamento. Elas promovem ações para melhorar a qualidade da estrutura necessária para o exercício e até com estímulos profissionais, como capacitações e formas inovadoras de reconhecimento.
Apesar disso, a satisfação com o trabalho vem muitas vezes de sonhos subjetivos de cada pessoa, que não são supridos no dia a dia profissional e terminam sendo barrados pelas obrigações e limitações financeiras da vida. A capacidade de arriscar em busca do prazer profissional não é comum para muita gente, mas existem àqueles que entendem o trabalho como algo que realiza o ser humano. Por isso, conseguem ousar diante de situações de falta de contentamento com o emprego ou trabalho, mesmo que para isso precisem enfrentar crises financeiras.



O sonho de Jany Rodrigues, 44, era realizar o sonho de outras pessoas. Ela trabalhou durante 21 anos em uma agência bancária, e há seis anos abriu uma loja de confecção e alugueis de roupas de noivas e festas em geral. Ela conta que fazia prospecções de clientes do banco e também dava consultorias, e a partir disso começou a perceber que o comércio era algo que lhe atraía. “Dei consultoria para dona de uma loja de noivas. Aquilo me encantou e chamou muito minha atenção para esse segmento. Como o casamento é o sonho de muitas mulheres, comecei a investir na ideia e em dois anos já tinha roupas suficientes para abrir uma loja”, relembra Jany.
Jany garante que não foi fácil tomar a decisão e conseguir um espaço no mercado. “Encontrei muitas dificuldades, mas para sonhar o sonho dos outros tive que realizar o meu, então foi muito satisfatório para mim”, garante a ex-bancária, que pensa na remuneração como consequência. “Não é fácil sonhar, ainda mais quando outras pessoas dependem de você. Mas com prazer no trabalho e força de vontade é possível abrir mão do salário fixo e dos benefícios como empregado, mas é muito válido”, desabafa, orgulhosa da conquista.


Amor ao que faz, ou ao que pretende fazer, é normalmente o ponto de partida para aqueles que desistem de uma fixa e maior renda no final do mês para sentir o deleite em todas as atividades feitas no trabalho. O produtor cinematográfico Rodrigo Homem, 42, tomou uma decisão bem parecida com a de Jany e diz que atualmente está na sua fase mais “lisa“, e, no entanto, a mais feliz. “Passei 13 anos dedicado à publicidade e foi difícil parar, pois na roda viva da publicidade o dinheiro é muito bom, mas logo começam a surgir os questionamentos. Em 2006, decidi me afastar da publicidade e me especializar na área do cinema”, conta o novo produtor, garantindo que teve medo de arriscar.

Rodrigo, que criou um núcleo de filmes com vários realizadores do Estado, produz grande parte do seu trabalho com dinheiro de editais, e aposta nos frutos que têm colhido. “Tenho certeza que esse ‘liseu’ é temporário. Estou com vários projetos e feliz assim. A frustração profissional traz infelicidade e todos os trabalhos precisam ser instrumento de realização”, acredita.

Comemoração surgiu há 125 anos
 
Dilma envia mensagem a trabalhadores na festa de 1º de Maio

São Paulo - A presidenta Dilma Rousseff enviou hoje (1º) mensagem aos trabalhadores que participaram da festa do Dia do Trabalho realizada pelas centrais sindicais na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. Participaram da festa a Força Sindical, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
 Na mensagem, lida pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, Dilma disse que a data se transformou no símbolo da luta pela dignidade do trabalho em todo o mundo e reforçou o compromisso de seu governo com a melhoria de vida dos trabalhadores.

“Não permitirei, sob nenhuma hipótese, que a inflação volte a corroer o poder aquisitivo dos trabalhadores. Nos últimos oito anos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu a maior política de empregos já vista no país. Foram criados 20 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, férias e décimo-terceiro salário. No meu governo,vamos criar as oportunidades de trabalho”.

Na carta, ela lembrou que lançou na última quinta-feira (28) o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Esse programa vai permitir que o Brasil transforme completamente a qualidade da formação profissional dos jovens trabalhadores. Até 2014, o programa vai criar 8 milhões de novas oportunidades de formação profissional tanto para jovens quanto para trabalhadores de mais idade”.

Durante o ato político de manhã, na festa que tem como lema Desenvolvimento com Justiça Social, os sindicalistas defenderam a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias, a valorização do salário mínimo, o trabalho decente, a igualdade entre homens e mulheres, a valorização do serviço público e do servidor público, a reforma agrária, a educação e qualificação profissional e a redução da taxa de juros.

De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, a regularização da terceirização é outro ponto abordado. Segundo ele, as centrais estão, em parceria com alguns deputados federais, instalando uma comissão especial para resolver a questão na Câmara dos Deputados. “Vamos fazer uma pressão no Congresso para que aprovem a pauta dos trabalhadores. Hoje, vamos aprovar um calendário de luta das centrais sindicais no Brasil inteiro, para aprovar também as 40 horas de trabalho semanal”.

A ausência de Dilma não atrapalhou o evento, mas Paulo Pereira da Silva disse que seria importante a presença dela para que as centrais pudessem continuar a negociação com o governo para aprovar suas reivindicações. "Achamos que tem um punhado de democratas na cabeça da Dilma dizendo que o Brasil não pode crescer, que tem que parar de investir, cortar salários, aumentar os juros e isso nos incomoda. Se pudéssemos contar com ela aqui, talvez pudéssemos sensibilizá-la de que o caminho é outro”.

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou que o país deve ficar atento e privilegiar a segurança do trabalhador, porque tem alto índice de acidentes de trabalho, chegando a 4% dos trabalhadores ativos. “Além da comemoração e de apelarmos para a organização e conscientização do trabalhador, é importante apelar para que ele comece, cada vez mais, a exigir seus equipamentos de segurança”.  

Lupi disse ainda que o Ministério do Trabalho está trabalhando junto com o Ministério da Educação para permitir que todos os trabalhadores que estão recebendo seguro-desemprego possam participar de cursos de qualificação para voltar mais rápido ao mercado. “Isso não é novidade, em muitos países da Europa quando o trabalhador está recebendo o seguro desemprego passa automaticamente a ser obrigado a fazer qualificação profissional”. A verba para esse curso deve sair das receitas do Tesouro e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Fonte: Agência Brasil
  

1º de Maio - Festa da Lavadeira realizada sem os palcos

 Evento no Paiva foi liberado de última hora pelo governo do Estado
  

Fim da tarde deste domingo (1º), ciclistas cobertos de lama da cabeça aos pés já podiam ser vistos nas proximidades da Ponte do Paiva. Um sinal de que a tradicional Festa da Lavadeira, no Cabo de Santo Agostinho, estava acontecendo perto dali. Após o impasse sobre a realização do evento, a festa aconteceu sem os palcos que marcaram edições anteriores. Mesmo assim, muita gente compareceu e defendia a continuidade da festa.
  

Logo na entrada, um grupo de grafiteiros pintava painéis de madeira. Neles, era possível ler frases como: “25 anos de resistência / Festa da Lavadeira”, “Odebrecht x cultura”, “A festa é do povo” e “O Paiva não é Auschwitz”, em referência ao campo de concentração Nazista.

Também podiam ser vistas pessoas comercializando alimentos e policiais fazendo a segurança. No lugar dos palcos, um trio elétrico recebeu as atrações, como grupos de coco e maracatu. O público dançou em volta do trio até o final.
Ao final, o coordenador da festa, Eduardo Melo, também apostava na continuidade. “A Festa da Lavadeira está além. Seria ótimo manter aquela estrutura. Mas estas objeções sugerem que a festa pode usar muito mais o chão do que o palco. Nossa origem é no chão. A festa tem a identidade da cultura popular. Ficou como se fosse uma grande vitória. A força e o amor do pernambucano por sua cultura”, afirmou.
 

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