Plano Nacional de Educação para a década precisa de metas intermediárias

O Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020, a principal diretriz para as políticas públicas educacionais no Brasil, está em análise na Câmara dos Deputados.
Ele foi encaminhado pelo Ministério da Educação (MEC) no fim do ano passado e vem provocando o debate acalorado entre as lideranças da Educação no País.

Segundo especialistas, um novo texto precisa ser mais bem trabalhado e apresentar metas intermediárias para o decorrer da década. Na versão inicial do plano, só há o objetivo final, a ser alcançado em 2020.
 
"Algumas metas são tão grandes que poderiam ser desdobradas. Há também algumas estratégias que poderiam virar metas", afirma o assessor parlamentar e cientista político Ricardo Martins.

Um exemplo, diz ele, é a terceira meta do plano, que trata da universalização do Ensino Médio para todos os jovens de 15 a 17 anos e do aumento da taxa de matrícula líquida (percentual de alunos entre 15 e 17 anos que freqüentam essa etapa do ensino) para 85%.

Atualmente, a taxa líquida de matrículas é e 50,9% - ou seja, metade dos jovens que deveriam estar no Ensino Médio estão atrasados ou abandonaram os estudos.
 Para Martins, há viabilidade no objetivo. No entanto, o salto é tão grande, que metas intermediárias poderiam auxiliar o percurso.

Além disso, aponta ele, o texto do PNE não considera a diversidade no País, já que a taxa é uma média dos resultados, mas muitas regiões enfrentam maior proporção de jovens fora da última etapa da Educação Básica.

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