Faltam médicos no Posto de Saúde de Ouro Preto, em Olinda

População local reclama do descaso, já que as demandas estão paradas
 

POSTO da Vila Cohab, em Olinda, não tem clínico geral para atender pacientes

Moradores da comunidade Vila Cohab - 7º RO, em Ouro Preto, Olinda, reclamam que na Unidade de Saúde da Família (USF) que atende o bairro, falta um clínico geral, pois o último faleceu a cerca de 1 ano e 2 meses e, até agora, a Secretaria de Saúde do município ainda não encaminhou nenhum médico. Com isso, o serviço de prescrição de exames e medicamentos, além de outras solicitações está parado, prejudicando o atendimento de centenas de pessoas. O modelo das USF prevê o atendimento de pessoas cadastradas na própria comunidade, o que impede que os pacientes se desloquem para outros posto de saúde familiar.

A equipe médica da unidade conta com uma enfermeira, um dentista, um técnico de enfermagem, um técnico de consultório dentário e sete agentes de saúde. Além disso, conta com a ajuda do Núcleo de Apoio a Saúde Familiar (NASF), que é composto por psicólogos, agentes sociais, fisioterapeutas e educadores físicos. Atualmente, as prescrições gerais estão sendo feitas pela enfermeira, mas alguns hospitais e farmácias não estão aceitando os documentos sem a assinatura dos médicos, o que está fazendo a população ficar sem os devidos cuidados.

O autônomo Manoel Messias, de 49 anos, ligou para o Folha Resolve porque há cerca de uma semana, fez duas cirurgias e não podia sair da cama, no entanto, nenhum agente foi visitá-lo e ele teve que ir até o posto, para ver se conseguia um medicamento. “Isso é um absurdo. Eu não devia estar aqui, mas como a gente não pode depender de ninguém, estou me arriscando para tentar conseguir uma melhora na minha situação”. Já a dona de casa Valmeres da Silva, 46, é diabética e tentar conseguir um remédio há uma semana. “Minha qualidade de vi­da depende disso. Se continuar assim, vou ter que comprar em alguma farmácia particular, onde o preço é muito caro e não consigo adquirir sem dificuldades financeiras”.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Olinda, um concurso público já foi realizado e está sendo esperada apenas a liberação por parte do prefeito Renildo Calheiros. O órgão afirmou também, que esse é um problema decorrente em diversas USFs por conta da carga horária de trabalho, que praticamente impede que os médicos prestem serviço em outras unidades e hospitais particulares, por isso, eles acabam pedindo dispensa dos postos.
Fonte: FolhaPE

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