Programa Minha Casa, Minha Vida 2 terá projetos do primeiro

Os contratos atravancados do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) 1 de todo o País, que ainda não saíram do papel por motivos alheios às construtoras, poderão ser redirecionados para o MCMV 2 e iniciados em janeiro de 2012. O objetivo da migração é evitar que os empreendimentos sejam descartados ou abandonados pelas empreiteiras licitadas. O debate foi promovido pela Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII/CBIC), realizada ontem, durante o último dia do 83º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic).
“Se a obra já começou, o gasto é da construtora, mas se a obra ainda não foi iniciada, por atraso da liberação de documentos ou por conta das chuvas, por exemplo, é preciso realinhar os preços senão os prejudicados serão o mutuário e as empresas. A expectativa é que eles entendam e que a gente não absorva esse custo”, argumentou o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Alexandre Mirinda, que participou do evento. De acordo com ele, em Pernambuco existem pelo menos quatro mil unidades habitacionais contratadas e que ainda não foram erguidas.

Na ocasião, o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, foi solidário ao pleito do segmento e disse que irá “rever a questão dos contratos que, por motivos adversos, não puderam começar e estão com o preço de 2008, quando foi lançado o programa”. Ele afirmou que este ano a segunda edição do MCMV foi realinhada, para que as empreiteiras possam atender às novas exigências do programa. No entanto, para Mirinda, o reajuste nos custos foi discreto, uma vez que “aumentaram o preço, o tamanho das unidades habitacionais e as exigências”, rebateu.

Outro aspecto discutido foram os preços e a viabilidade do MCMV 2, de forma a atender os interesses das pequenos e das grandes empresas. A secretária Nacional da Habitação, Inês Magalhães, destacou que “o Governo está trabalhando para minimizar cada vez mais os custos da construção e, consecutivamente, ampliar o número de empresas no programa”, afirmou.

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