UPA?

Pernambuco é, hoje, o segundo Estado com a maior rede de saúde pública do Brasil. Isso significa mais de 1,8 mil equipes de Saúde da Família (ESF), 1,9 mil unidades básicas de saúde, 14 UPAS, 11 hospitais de alta complexidade, 10 hospitais regionais, 9 hospitais de médio porte e 3 psiquiátricos.

Contudo já temos o debate sobre inauguração de mais UPA’s em todo o estado, recentemente há uma luta de vereadores da cidade de Olinda por uma UPA em Rio Doce. É válido salientar que de nada adianta a criação de novos hospitais ou de UPA’s se não a infra-estrutura, não há médicos, na manhã deste sábado não tinha Clínico Geral na UPA de Paulista nem de Olinda a orientação que era dada aos pacientes era ir para a Policlínica Campina do Barreto ou para a UPA de Cruz de Rebouças e do Ibura.

A questão hoje não é de construir mais UPA e sim de dar estrutura material e humana as mesmas.

No mês passado a Jovem de 21 anos Jaciane Souza, teve que se operar no Hospital Miguel Arraes e estava sem aquelas roupas de hospital para usar, andava enrolada em um lençol que teve que levar de casa.

No Tricentenário de Olinda, o paciente leva em torno de 03 horas para ser atendido por um clínico, e se chegar alguma emergência o clinico para de atender para socorrer o mais urgente, é válido, mais será que não poderia existir mais de um clinico numa emergência? Até quando os mais necessitados vão ter que esperar por melhor atendimento?

A jovem Ana Priscila de 22 anos foi da policlínica campina do Barreto, depois para o IMIP, até conseguir atendimento no Hospital do tricentenário para conseguir um ortopedista.

Hoje o maior problema da saúde pública está em cima do valor pago aos médicos, cada município e estado pagar valores diferentes, com isso os nossos médicos formados muitas vezes nas Universidades Públicas preferem abrir consultórios próprios para trabalhar, pois os municípios e os estados estão pagando mal.

É preciso a valorização do servidor da saúde bem como a equiparação de salário compatível a nível nacional, sem que seja preciso criar outras Cpmf’s para cobrir os gastos, é preciso investir com qualidade e com o controle social, para evitar desperdícios com o dinheiro público, o governo federal tem que ajudar os estados e municípios na melhoria da nossa saúde.

Marcos Morais
Presidente da UNACOMO

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