Para Severine Macedo, as conferências livres são uma oportunidade para que mais jovens participem do processo. “O Congresso da UNE agrega estudantes de todo o Brasil, com expectativas e demandas diferenciadas, o que enriquece o debate da II Conferência Nacional de Juventude”. A modalidade foi adotada pela primeira vez na preparação da I Conferência Nacional de juventude, realizada em 2008. Desde então, a metodologia passou a ser utilizada em outros processos, a exemplo da I Conferência Nacional de Segurança Pública.
Essas etapas permitem um debate amplo sobre os diversos aspectos que perpassam a agenda juvenil, respeitando a transversalidade do tema. Como sugere o próprio nome, os encontros são mais flexíveis, já que podem ser organizados por qualquer grupo que deseje se reunir, em qualquer espaço, para discutir o tema e enviar suas contribuições para a etapa nacional. Conforme ressalta a coordenadora da Comissão Organizadora Nacional, Angela Guimarães, “a conferência livre torna o debate mais acessível, levando-o às periferias, escolas, universidades, ambientes de trabalho, enfim, a todos os lugares onde o jovem esteja e queira se manifestar”. As conferências livres tiveram início em 1º de junho e podem ser realizadas até 30 de setembro.
Segundo informações da Comissão Organizadora, durante a primeira Conferência Nacional de Juventude foram realizadas 689 etapas livres. A expectativa agora é superar ou pelo menos manter essa marca no próximo encontro nacional, agendado para o período de 9 a 12 de dezembro, em Brasília. Confiante no êxito da segunda Conferência, os organizadores acreditam que as conferências livres trarão novos olhares, novas perspectivas e novos atores para o debate que visa, sobretudo, fortalecer o tema juvenil e incorporá-lo definitivamente na agenda das políticas públicas no Brasil.
52º Congresso da UNE – O grande objetivo desta edição do Congresso da UNE é definir os rumos do movimento estudantil para os próximos dois anos. As atividades acontecerão na tradicional praça universitária de Goiânia, principalmente na PUC-GO e na UFG. Com o tema “Pensando nos desafios da educação no Brasil” um dos grandes destaques da programação acontece na quinta-feira (14) com o II Encontro Nacional do ProUni, que atinge, este ano, a concessão de mais de 1 milhão de bolsas para universitários de baixa renda desde o início do programa, em 2004. Integrantes do programa de todo o país vão discutir as vantagens, problemas e desafios da iniciativa, com a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad.
No mesmo dia às 14h, será realizado um ato político na Praça Universitária. Representantes da CUT, CTB, MST entre outras forças do movimento social estarão reunidas com a UNE para reivindicar a principal pauta do movimento estudantil, a democratização do ensino no Brasil com a luta da destinação de 10% do PIB e 50 % da arrecadação com royalties do petróleo da camada Pré-sal para a educação.
Durante as atividades, em diversos momentos o Congresso pautará o Plano Nacional de Educação (PNE) por meio de debates sobre a questão do financiamento das universidades públicas, a democracia do acesso e permanência no ensino superior e a valorização dos profissionais da educação. Os estudantes também se reunirão em um ato em defesa da Comissão da Verdade que tem o objetivo de esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos no período da ditadura (1964-1985). No ato estará presente a presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara, a deputada federal Manuela D´Ávila. Foram convidados para o ato o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, e a secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário.
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